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terça-feira, 16 de abril de 2013

Como Deus justifica o Ímpio?


Como Deus Justifica o Ímpio?

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Por que Deus declararia o homem justo se esta não é a sua real condição? Se a condenação do passado afetou toda a humanidade por que a justiça de Cristo não é efetiva hoje? Analise o posicionamento de alguns teólogos da nossa atualidade sobre a doutrina da Justificação.
 "... aquele que está morto está justificado do pecado" ( Rm 6:7 )
O Dr. Bancroft ao escrever sobre a justificação, registrou o seguinte: "O método é divino e não humano. O homem só pode justificar o inocente;Deus justifica o culpado; o homem justifica à base do mérito; Deus justifica à base da misericórdia (...) Se o homem tivesse de ser justificado nesta base, seu caráter moral teria de ser perfeito; mas ninguém é perfeito. 'Não há homem que não peque.' 'Não há salvação por meio do caráter. O que os homens necessitam e ser salvos de seu caráter.' " Emery H. Bancroft, Teologia Elementar, Ed. EBR, ed. 2001, Pág. 256, III. (grifo nosso).
A bíblia é clara ao dizer que Deus não tem o culpado por inocente "Que guarda a beneficência em milhares; que perdoa a iniqüidade, e a transgressão e o pecado; que ao culpado não tem por inocente; que visita a iniqüidade dos pais sobre os filhos e sobre os filhos dos filhos até à terceira e quarta geração" ( Ex 34:7 ). Daí surge a pergunta: É possível Deus justificar o culpado sem contrariar a sua própria palavra? É pertinente a colocação de Bancroft? "... não justificarei o ímpio" ( Ex 23:7 ).
Jesus disse que é necessário ao homem nascer de novo e não fez qualquer referência a elementos humanos como caráter, moral e comportamento. O homem é salvo (resgatado) do pecado (vã maneira de viver), ou de seu caráter? Ao termino desta introdução você será capaz de determinar qual a base da justificação em Cristo.

Como se dá a justificação em Cristo?
Para desfazerem a aparente contradição que há em um Deus justo que justifica o homem pecador, alguns pensadores pensam a justificação como um ato de clemência de Deus, no qual Ele inocenta um culpado (pecador).
Outros, tem na justificação um ato de juiz, onde Deus trata o pecador injusto como se fosse justo, porém, esta pessoa não é realmente justa. Neste diapasão Scofield diz: "O pecador crente é justificado, isto é, tratado como justo por causa de Cristo (...) A justificação é um ato de reconhecimento divino e não significa tornar uma pessoa justa" C. I. Scofield, A bíblia de Scofield com referências, nota à Rm 3: 28. (grifo nosso).
Outros apresentam o amor de Deus como base à justificação. Outros, tem na justificação um ato de Pai, que não leva em conta os erros dos filhos. Para outros, a justificação é um ato de anistia. Outros, que a justificação decorre da soberania de Deus.
Afinal, qual é a base para a justificação para que não haja uma contradição em Deus ser Justo e Justificador daqueles que crêem em Cristo?
A humanidade foi declarada culpada em Adão ( Rm 5:19 ). Em Adão todos os homens tornaram-se pecadores e foram destituídos da glória de Deus ( Rm 3:23 ). A salvação de Deus por intermédio de Cristo visa salvar (resgatar) o homem desta condenação ( Rm 5:18 b), e conduzi-los para o reino do Filho do seu amor ( Cl 1:13 ).
Jesus ao falar da salvação disse a Nicodemos: "Em verdade, em verdade te digo que quem não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus" ( Jo 3:3 ). Este versículo demonstra que o empecilho à entrada do homem no reino dos céus encontra-se no seu nascimento. Se é necessário um novo nascimento, o antigo nascimento é a causa da impossibilidade do homem ter acesso a Deus. Todos os homens tornaram-se filhos da ira e da desobediência por serem descendentes de Adão.
A parábola das duas portas e dos dois caminho ( Mt 7:13 -14), e a figura dos vasos para honra e desonra ilustram esta realidade ( Rm 9:21 ). O acesso à porta larga e ao caminho que conduz a perdição decorre do nascimento em Adão, e o acesso à porta estreita, e ao caminho que conduz a vida, é o novo nascimento. Da mesma forma, os vasos para desonra são criados em Adão ( Rm 9:22 ), e os vasos para honra são criados em Cristo ( Rm 9:23 ).
Para reverter esta impossibilidade aos filhos de Adão, Jesus demonstra por meio do evangelho a necessidade do novo nascimento, onde aqueles que crêem em Cristo são de novo gerados, de semente incorruptível, que é a palavra de Deus ( 1Pe 1:3 e 23).
A condenação se deu em Adão, e a salvação se dá em Cristo, por intermédio do lavar regenerador. Aqueles que crêem são gerados de novo, para uma viva esperança pela ressurreição de Cristo.
Os nascidos de Adão foram declarados culpados e pesa sobre eles a condenação. Os nascidos de novo são justificados, ou seja, após serem criados em verdadeira justiça e santidade, a nova criatura, ou o novo homem por ser JUSTO é declarado justo por Deus.
É certo que o homem é declarado culpado por Deus por causa de uma condição adquirida em Adão. Por que Deus declararia o homem justo, se esta não é a sua real condição? Se a condenação do passado afetou toda a humanidade, por que a justiça de Cristo não é efetiva hoje?
Desta análise decorre que a justificação não é um ato de juiz, não é um ato de Pai e também não é uma ato judicial. Ou seja, a justificação decorre de um ato criativo da parte de Deus.
  • Deus jamais declarará o ímpio inocente ( Ex 23:7 ).
  • O pecador jamais será tido por inocente ( Nm 14:18 ), visto que, 'a alma que pecar esta mesmo morrerá ( Ez 18:4 ).
  • A pena não pode passar da pessoa do transgressor ( Dt 25:1 ).
  • Outra pessoa não pode sofrer a pena no lugar do transgressor ( Ez 18:4 ).
Os princípios que constam da lei são todos levados em conta quando da justificação do homem, sem contradição alguma. Ao justificar o homem que crê em Cristo, Deus é justo e a sua declaração de justo não é direcionada a um ímpio tido por inocente.
O homem sem Cristo está morto em delitos e em pecados ( Ef 2:1 ). A condição de morto decorre da queda em Adão, porém, aquele que está morto para Deus vive para o mundo.
A bíblia nos informa que Cristo, enviado ao mundo, é o único acesso dos homens a Deus. Ele é o novo e vivo caminho consagrado em sua carne ( Hb 10:20 ). Cristo morreu pelos injustos, ou seja, a morte dele foi a favor dos injustos. Todos quantos crêem no sacrifício de Cristo tornam-se participantes de sua morte, e efetivamente morrem juntamente com Ele ( Rm 6:6 -7), e passaram a viver para Deus ( Ef 2:5 ).
Quando o velho homem, a velha natureza é crucificada com Cristo, cumpre-se o que determina a lei: o pecador não será tido por inocente; a alma que pecar, esta mesma morrerá, e; a pena não passa do transgressor. Ao unir-se com Cristo na sua morte, o homem deixa de viver para o mundo, e é justificado do pecado Rm 6: 6, e declarado justo por Deus ( Rm 5:1 ).
Sabemos que o nosso velho homem, a velha natureza herdada em Adão, foi crucificada em Cristo ( Rm 6:6 ). O corpo do pecado foi desfeito por meio da nossa união à morte de Cristo, e não mais servimos ao pecado ( Rm 6:18 ). Fomos plantados juntamente com Cristo, na semelhança da sua morte ( Rm 6:5 ). Através da comunhão com Cristo tornamos participante da sua morte, e de fato morremos com Cristo ( Cl 3:3 ). Recebemos a circuncisão de Cristo, que é o despojar (desfazer) do corpo da carne herdada em Adão ( Cl 2:11 ).
Quando o homem aceita a Cristo, ele é convidado a tomar a sua própria cruz, e seguir após Cristo ( Mt 16:24 ). Ao seguir após Cristo, a lei de Deus é estabelecida: o ímpio, o pecador, o injusto recebe a pena determinada: a morte. Há o despojar do corpo da carne. A natureza condenada de Adão juntamente com o corpo que pertencia ao pecado é sepultada.
Após a união com Cristo na sua morte, dá-se o milagre da regeneração e justificação. Este é conseqüência daquele, e após a regeneração, se dá a justificação. Como?
Após tornar-se participante do corpo e do sangue de Cristo ( Jo 6:54 -56), o velho homem é sepultado a semelhança de Cristo (o batismo representa esta verdade), e ressurge um novo homem, criado segundo Deus, em verdadeira justiça e santidade ( Ef 4:24 ).
Este novo homem vem a existência por intermédio de Cristo. É uma nova criatura em Cristo. Quando o homem regenerado surge dentre os mortos ( Ef 2:1 ), ele é declarado justo, pois esta é a sua nova condição perante Deus.
Deus é luz, e nele não há trevas nenhuma. Deus é a verdade, e jamais haveria de declarar como sendo justo, alguém que não é efetivamente justo. Deus não representaria uma farsa diante dos homens, tratando os injustos como justos, sem que tais homens sejam de fato justos. Antes de declarar o homem Justo, Deus cria o homem em verdadeira justiça e santidade. Somente após o novo nascimento o homem é declarado justo diante de Deus.
A declaração de Deus é taxativa: "Eis que faço nova todas as coisas" ( Ap 21:5 ). Como Cristo morreu por todos os homens, logo, todos os que aceitam o seu sacrifício morreram ( 2Co 5:14 ). Deixamos de viver para o mundo e passamos a viver para Deus ( 2Co 5:15 ). A nova vida em Cristo dá ao homem uma nova condição diante de Deus e dos homens: passamos a condição de nova criatura. Somos criados à imagem daquele que nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz. Deixamos a condição de filhos das trevas, e passamos a condição de filhos de Deus.
As coisas do velho homem, como a condenação, a ira, a carne, o pecado, todas elas já passaram, e em Cristo, eis que tudo se fez novo. Cristo se fez pecado para que sejamos feitos, ou seja, criados justiça de Deus "Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus" ( 2Co 5:21 ) (grifo nosso). A justificação tem a sua base em um ato criativo de Deus, onde ele faz surgir um novo homem, que é declarado justo por ser verdadeiramente justo.
As palavras traduzidas por 'justificar' e justificação' significam, segundo a idéia bíblia 'declarar justo', 'declarar reto' ou 'isento de culpa ou castigo', condição esta possível após o homem ser gerado de novo, por intermédio de semente incorruptível ( 1Pe 1:3 e 23).
Deus declara justo somente aquele que é efetivamente justo, condição esta que se dá por meio da filiação divina ( Jo 1:12 ). Todos quantos crêem em Cristo, recebem poder para serem feitos, ou seja, criados filhos de Deus. Estes são de novo criados, não segundo a semente de Adão, mas através da palavra e do Espírito ( Jo 3:5 ), conforme o prometido nas Escrituras “Então espargirei água pura sobre vós, e ficareis purificados; de todas as vossas imundícias e de todos os vossos ídolos vos purificarei. E dar-vos-ei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de carne. E porei dentro de vós o meu Espírito, e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis os meus juízos, e os observeis” ( Ez 36:25 -27).
A justificação se dá por intermédio da Palavra de Deus, uma vez que é Ele quem fez espargir água pura sobre os homens. Através da palavra, o homem fica limpo e purificado. Por que? Como?
Ao homem é dado um coração novo e um espírito novo (Regeneração), conforme Jesus disse a Nicodemos, necessário vos é nascer da água e do Espírito. Após o homem nascer de Deus (Espírito) e da sua Palavra, será declarado justo, conforme predisse o salmista Davi: "Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova em mim um espírito reto" ( Sl 51:10 ).
Como apagar as transgressões dos homens? Como torná-los puros e limpos? Como resgatá-los da condenação de Adão? ( Sl 51:5 e 7 e 10). Somente após a morte da velha natureza e por intermédio de uma nova Criação. Esta condição só é possível após a circuncisão do coração!
Sabemos que qualquer incisão no coração é morte. Após a circuncisão não realizada por mãos humanas, o homem é agraciado com um novo coração e um espírito reto.
Após entendermos como se dá a justificação em Cristo, percebe-se que não há contradição alguma em Deus ser Justo e Justificador. Percebe-se que a justificação não é um ato judicial ou forense. Percebe-se que Deus não tem o culpado por inocente. Estamos alegres em saber que Deus cria (torna) o homem justo e o declara justo. O crente é declarado justo, porque é justo em Cristo Jesus.
O homem precisa ser salvo da condenação do pecado para que possa receber a declaração de justo da parte de Deus. Deus exerce misericórdia, mas isto não que dizer que ele receba o culpado como se fosse inocente. Deus só justifica o inocente, aquele que de novo é nascido, sem levar em conta méritos, caráter, moral, conduta, etc. Amém.
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fonte: www.bibliacomentada.org

Como fazer a obra de Deus?


Como fazer a obra de Deus?

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A bíblia demonstra que somente a palavra de Deus pode executar a sua obra, pois tudo que foi criado, obras visíveis e invisíveis, existem por intermédio da palavra de Deus ( Hb 11:3 ). Toda e qualquer obra realizada por Deus, criativa ou redentora, só pode ser executada por meio da sua palavra "Assim será a minha palavra, que sair da minha boca; ela não voltará para mim vazia, antes fará o que me apraz, e prosperará naquilo para que a enviei" ( Is 55:11 ). 
"Disseram-lhe, pois: Que faremos para executarmos as obras de Deus?" ( Jo 6:28 )
Há no coração dos homens uma disposição interna em realizar algo para Deus. Deste desejo têm surgido inúmeras religiões com inúmeros serviços e sacrifícios com intuito de agradar a Deus, porém, esquecem que o serviço não torna o homem agradável a Deus. 
A pergunta que persiste pelos séculos e incomoda os homens acaba ecoando também entre muitos cristãos: - Qual é a obra de Deus? Como posso executá-la? 
Esta mesma pergunta foi feita pelos judeus que seguiam a Cristo quando lhes prometeu alimento que concede vida eterna “Que faremos para executarmos as obras de Deus?" ( Jo 6:28 ). 
Ora, se o alimento para a vida eterna estava sendo oferecido por Cristo, sem dinheiro e sem preço, por que inquiriram sobre o que fazer para executar as obras de Deus? 
Observamos neles uma grande inversão de valores. A ordem divina é que o homem coma do suor do seu rosto, e neste quesito os judeus buscavam um dádiva de Deus. Com relação a salvação, que é uma dádiva, queriam trabalhar pelo alimento celestial. 
A multidão seguia a Cristo porque se fartaram com pães e peixes. Foram voluntariosos, destemidos, empreendedores e obstinados em seguir a Jesus, porém, estavam enfatuados quanto ao que estava sendo oferecido: buscavam somente sustento para o corpo. 
Jesus estava ciente que o povo estava em seu encalço somente por causa dos pães e que não haviam considerado a sua pessoa, que é o pão que dá vida ao mundo. Seguiam a Cristo em busca de um milagre, pura e simplesmente, ou seja, trabalhavam por uma comida perecível. 
Jesus estava oferecendo ‘comida’ que é para a vida eterna, gratuitamente, conforme o que foi anunciado por Isaias, mas não ouviram de bom grado “Ó VÓS, todos os que tendes sede, vinde às águas, e os que não tendes dinheiro, vinde, comprai, e comei; sim, vinde, comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite. Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão? E o produto do vosso trabalho naquilo que não pode satisfazer? Ouvi-me atentamente, e comei o que é bom, e a vossa alma se deleite com a gordura. Inclinai os vossos ouvidos, e vinde a mim; ouvi, e a vossa alma viverá; porque convosco farei uma aliança perpétua, dando-vos as firmes beneficências de Davi” ( Is 55:1 -3). 
Do mesmo modo que Isaias orienta os trabalhadores a não gastarem o produto do trabalho naquilo que não podia satisfazer, Jesus orienta os seus seguidores a trabalharem pela comida que permanece “Jesus respondeu-lhes, e disse: Na verdade, na verdade vos digo que me buscais, não pelos sinais que vistes, mas porque comestes do pão e vos saciastes. Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do homem vos dará; porque a este o Pai, Deus, o selou” ( Jo 6:26 -27). 
E o que é necessário ‘fazer’ para conseguir o alimento prometido? Basta ter fome e sede! Não precisa ter dinheiro! Não depende do produto de qualquer labuta! Basta inclinar os ouvidos e ouvir que a aliança se estabelece, sendo concedidas as firmes beneficências. 

A Obra de Deus
Os idealizadores da pergunta: “Que faremos para executarmos as obras de Deus?" ( Jo 6:28 ), eram homens carnais, pois ainda não haviam crido em Cristo. Buscavam-no somente porque comeram pães e peixes a fartar, mas não estavam dispostos a considerar a doutrina de Cristo. 
Jesus alertou-os para que deixassem de labutar pela comida que perece (pães e peixes), pois estavam seguindo o Mestre somente porque comeram pão a fartar. Ou seja, estas coisas seriam acrescentadas naturalmente, porém, aquele era o momento de buscar o reino dos céus e a sua justiça "Buscai antes o reino de Deus, e todas estas coisas vos serão acrescentadas" ( Lc 12:31 ). 
Eles não compreendiam as coisas espirituais ( 1Co 2:14 ). Após uma breve análise da pergunta é possível demonstrar que estavam equivocados em quererem executar as obras de Deus. 
O primeiro erro embutido na pergunta deles consiste na idéia de que é possível ao homem executar a obra de Deus. Seguiam o mesmo erro dos seus pais que foram resgatados do Egito, visto que eles também propuseram fazer a obra de Deus, como se lê: "E tomou o livro da aliança e o leu aos ouvidos do povo, e eles disseram: Tudo o que o SENHOR tem falado faremos, e obedeceremos" ( Êx 24:7 ). 
Uma mente carnal entende que Deus quer que o homem execute a sua obra, pois não compreendem que ao homem compete somente descansar na promessa d’Ele. Basta qualquer homem dar ouvido à palavra do Senhor para que Deus realize a sua obra, que é: “Creia naquele que ele enviou”. 
Observe a resposta e como Jesus corrige o foco da pergunta dos seus inquiridores: “A obra de Deus é esta: Que creiais naquele que ele enviou” ( Jo 8:29 ). 
Jesus demonstra que: 
a) a obra é de Deus, e;
b) a obra é específica, ou seja, não compete ao homem realizá-la. 
A obra de Deus consiste em que os homens ‘creiam n’Aquele que Ele enviou’, o Verbo encarnado. É por isso que a palavra do Senhor é anunciada em todos os tempos, para que creiam n’Ele, pois a obra de Deus (fé) vem somente pelo ouvir, ‘... e o ouvir pela palavra de Deus’ ( Rm 10:17 ). 
A bíblia demonstra que somente a palavra de Deus pode executar a sua obra, pois tudo que foi criado, obras visíveis e invisíveis, existem por intermédio da palavra de Deus ( Hb 11:3 ). Toda e qualquer obra realizada por Deus, criativa ou redentora, só pode ser executada por meio da sua palavra "Assim será a minha palavra, que sair da minha boca; ela não voltará para mim vazia, antes fará o que me apraz, e prosperará naquilo para que a enviei" ( Is 55:11 ). 
Quando Moisés pegou o livro da aliança e leu aos ouvidos do povo era para que confiassem em Deus, pois por intermédio da palavra de Deus teriam vida "E te humilhou, e te deixou ter fome, e te sustentou com o maná, que tu não conheceste, nem teus pais o conheceram; para te dar a entender que o homem não viverá só de pão, mas de tudo o que sai da boca do SENHOR viverá o homem" ( Dt 8:3 ). 
Quando Jesus multiplicou os cinco pães e os dois peixes, Ele tinha o fito de dar a entender ao povo que o homem não terá vida por intermédio do pão material, antes só terá vida por intermédio da palavra de Deus. 
Desde Moisés o povo andava atrás de alimento para sustento do corpo físico, pois ainda não haviam compreendido que a vida que Deus quer conceder aos homens é proveniente da palavra que sai da boca do Senhor. 
Por labutarem por coisas pertinentes a esta vida o povo de Israel ficavam focados somente no que viam e não confiavam em Deus:  rejeitaram ouvir a sua palavra, depois rejeitaram o Verbo encarnado "E disseram a Moisés: Fala tu conosco, e ouviremos: e não fale Deus conosco, para que não morramos" ( Ex 20:19 ). O que era para vida entenderam que lhes traria morte! Que falta de confiança! Enquanto Deus oferece vida em abundância através da sua palavra, buscavam somente alimento para sustento da carne. 
Como não creram na palavra que saiu da boca de Deus, Deus enviou o seu Filho Unigênito, o Verbo de Deus encarnado para que, por intermédio d’Ele os homens obtivessem vida "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna"( Jo 3:16 ; Jo 1:4 ). 
Cristo foi enviado por Deus na condição de pão vivo para que os homens obtivessem vida ( Jo 6:51 ), e Jesus levou a efeito este objetivo, anunciando a palavra de Deus "Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou" ( Jo 6:38 ); "Porquanto a vontade daquele que me enviou é esta: Que todo aquele que vê o Filho, e crê nele, tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia" ( Jo 6:40 ; Jo 5:24 ). 
Após a multiplicação dos pães Jesus concita os seus seguidores a deixarem de trabalhar pelo alimento que perece, antes deviam trabalhar pela comida que permanece, e que tal comida haveria de ser concedida de graça “... a qual o Filho do homem vos dará” ( Jo 6:27 ). Cristo anunciou ser o pão da vida, entregue para que os homens obtivessem vida. 
Enquanto Jesus é o alimento que concede vida aos homens, o seu sustento era fazer especificamente a vontade do Pai e realizar a sua obra "Jesus disse-lhes: A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou, e realizar a sua obra" ( Jo 4:34 ). 
Somente Cristo pode realizar a obra de Deus! Por quê? Porque Ele é a palavra encarnada que faz o que é aprazível ao Pai ( IS 55:11 ). Jesus veio para que os homens cressem nos escritos do Pai, a obra de Deus por excelência, e para isso, anunciou aos homens as palavras de Deus: fez a sua vontade e obra "Mas, se não credes nos seus escritos, como crereis nas minhas palavras?" ( Jo 5:47 ); "Porque aquele que Deus enviou fala as palavras de Deus; pois não lhe dá Deus o Espírito por medida" ( Jo 3:34 ). 
Após esta análise, conclui-se que a obra de Deus é específica, e consiste em que os homens creiam no Verbo de Deus “A obra de Deus é esta: Que creiais naquele que ele enviou” ( Jo 8:29 ). 
Neste sentido profetizou Isaias, demonstrando que Deus haveria de conceder aos homens a paz, ou seja, aquela que excede a todo entendimento, uma vez que Deus haveria de realizar nos homens (em nós) todas as suas obras "SENHOR, tu nos darás a paz, porque tu és o que fizeste em nós todas as nossas obras" ( Fl 4:7 ; Is 26:12 ). 
Deus estabeleceu a paz em Cristo. É Deus que realiza a obra redentora, pois os que crêem são obras d’Ele, ‘... feitura Sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas’ ( Ef 2:10 ). 
Conclui-se através do que o apóstolo Paulo escreveu que, tanto ‘a obra de Deus’ quanto às ‘boas obras’ são proveniente de Deus, por intermédio de Cristo. 
Após regenerado, compete aos cristãos andarem nas boas obras certos de que Deus já as preparou para este objetivo. Em Cristo toda a jactância é excluída! ( Rm 3:27 ) 
O cristão é obra de Deus conforme se lê: "Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo" ( 2Co 5:17 ). 
E como os cristãos foram criados? O apóstolo Tiago responde: "Segundo a sua vontade, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que fôssemos como primícias das suas criaturas" ( Tg 1:18 ). Deus gerou de novo os que crêem por intermédio da sua palavra, pois toda obra de Deus só existe e se sustêm pela sua palavra. 
A obra de Deus decorre da sua vontade concretizada através da sua palavra! Ele assim o fez para constituir as suas novas criaturas em louvor da sua glória e graça ( Ef 1:6 e 12 ). 
Qualquer que ouve a palavra da verdade, o evangelho da salvação que é poder de Deus para todos que crêem, recebe de Deus poder para ser feito filhos de Deus, deixando de ser filho de Adão ( Jo 1:12 ; Rm 1:16 ), e é selado com o Espírito Santo da promessa. 
Tudo é por graça somente, pois o cristão é salvo por meio da fé (evangelho) que uma vez foi dada aos santos ( Jd 1:3 ; Ef 2:8 ). A verdade do evangelho, também denominada fé, é dom de Deus, o que dispensa as obras e a jactância ( Ef 2:9 ).
Se alguém convocar para fazer a obra de Deus, muito cuidado, pois é bem provável que quem faz este convite não compreenda ainda qual é a obra de Deus.

fonte: www.bibliacomentada.org

O que é adorar em espírito e em verdade?


O que é adorar em espírito e em verdade?

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Muitos pensam que para adorar a Deus é necessário estar em um templo cercado de pessoas em atitude reverente. Para elas é preciso um momento de concentração, reforçado com meditação, rezas e orações. É o que chamam de ambiente propício. Este ambiente geralmente surge de um envolvimento emocional promovido pela expectativa de milagres, profecias, manifestações, etc. ( Jo 4:24 )
"Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade" ( Jo 4:24 )
O que é a Verdade?
- O que é a verdade? Do ponto de vista filosófico seria quase impossível dar uma resposta satisfatória a esta pergunta. Diante de Jesus Pilatos fez esta mesma pergunta com base em seu conhecimento filosófico de modo sarcástico ( Jo 18:38 ).
Porém, deixemos os problemas filosóficos de lado, uma vez que Jesus anunciou que veio dar testemunho da verdade, e que todos quantos deram crédito à sua palavra pertenciam à Verdade ( Jo 18:37 ).
O apóstolo Paulo, por sua vez, deixou registrado que Deus é verdadeiro e todo homem mentiroso "De maneira nenhuma; sempre seja Deus verdadeiro, e todo o homem mentiroso; como está escrito: Para que sejas justificado em tuas palavras, e venças quando fores julgado" ( Rm 3:4 ).
Sabemos que Deus é verdadeiro do mesmo modo que Ele é luz ( 1Jo 1:5  e 1Jo 5:20 ). Também sabemos que quem não está em Deus é trevas, ou seja, é mentiroso ( 1Jo 1:5 ). Através destes versículos percebemos que, quando Paulo disse que Deus é verdadeiro e todo homem mentiroso, ele estava fazendo referência à condição dos homens sem Deus ( Rm 3:10  à Rm 3:18 ).
Assim como os pecadores foram destituídos da glória de Deus e passaram à condição de trevas, todos os homens alienados de Deus igualmente tornaram-se mentirosos. Ao dizer que todos os homens são mentirosos, Paulo não estava se referindo a um tipo específico de conduta reprovável pela moral humana. Paulo fez referência à natureza humana decaída herdada de Adão!
Deus é luz, e todos quantos não estão em Deus são trevas. Deus é verdadeiro, e todos quantos não são participantes da sua natureza são mentirosos. Do mesmo modo que a injustiça dos homens contrasta com a justiça de Deus, a mentira dos homens contrasta com a verdade de Deus.
Paulo ao fazer referência ao seu antigo estado de alienação de Deus disse: “Mas, se por causa da minha mentira sobressai a verdade de Deus para sua glória, por que sou eu ainda julgado como pecador?” ( Rm 3:7 ). Ora, percebe-se que a condição de pecador é o mesmo que mentira.
Quando analisamos asserções como “Deus é luz”, ou “Deus é verdadeiro”, não devemos analisá-las do ponto de vista científico ou filosófico. Antes, é preciso compreender tais asserções como atributos de Deus. Quando a bíblia estabelece o contraponto: “Deus é luz, e não há nele travas alguma”, a asserção “Deus é luz” demonstra que tudo que não está unido a Deus não tem relação nenhuma com Ele.
Jesus se apresentou como sendo o caminho, a verdade e a vida, ou seja, a única pessoa capaz de estabelecer comunhão entre Deus e os homens "Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim" ( Jo 14:6 ). O apóstolo Paulo demonstrou aos cristãos em Roma que todos os homens pecaram e foram alienados da glória de Deus por causa da desobediência de Adão. Jesus, por sua vez, ao se apresentar como o caminho, a verdade e a vida, promove a união dos homens com Deus. O homem por intermédio de Cristo passa a ser participante da glória de Deus.
Jesus compartilhou da sua glória com os que crêem para que possam voltar à comunhão com o Pai “E eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um” ( Jo 17:22 ), pois tal glória foi perdida quando o homem pecou ( Rm 3:23 ).
De posse da glória concedida por Cristo, o homem deixa a condição de mentira e passa a ser verdadeiro, pois está na verdade.
“Em Verdade”
"E sabemos que já o Filho de Deus é vindo, e nos deu entendimento para conhecermos o que é verdadeiro; e no que é verdadeiro estamos, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna" ( 1Jo 5:20 )
O apóstolo João é claro ao demonstrar que Cristo é verdadeiro. Além dos cristãos terem ciência (saber) de que o Filho de Deus veio em carne, foi concedido também o entendimento (revelação) para que os cristãos passassem a estar unidos a Cristo (conhecermos).
A idéia da palavra ‘conhecer’ empregada pelo apóstolo João neste versículo é ‘estar unido a...’, ‘em comunhão com...’, 'um só corpo'. Quando lemos que conhecemos a Deus, ou antes, que Ele nos conheceu, é o mesmo que dizer que estamos em plena comunhão com Ele ( Gl 4:9 ). Ex: Quando a bíblia diz que ‘conheceu’ o homem a mulher, ela aponta comunhão íntima, um só corpo.
Quando o homem sem Deus (mentiroso) alcança o entendimento através da mensagem do evangelho, passa a conhecer (comunhão) o que é verdadeiro, ou seja, deixa a condição de mentira e passa a compartilhar da Verdade. João, ciente desta maravilhosa verdade, anuncia: “... no que é verdadeiro estamos...”, ou seja, estar ‘em Cristo’ é o mesmo que estar ‘em verdade’.
A condição ‘em verdade’ é proveniente de uma nova criação, como bem assevera o apóstolo Paulo: “E vos revistais do novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade" ( Ef 4:24 ). O novo homem é criado por Deus ‘em verdadeira’ justiça e santidade. É por isso que todo aquele que está ‘em Cristo’ é uma nova criatura.
Muitos gramáticos são unânimes em reconhecer que a sintaxe e o estilo dos escritores do Novo Testamento possuem características que são próprias e exclusiva do evangelho. Vale salientar uma destas características, pois ela ajudará na composição da idéia 'em verdade'.
A frase preposicional 'em Cristo' no grego é um uso específico do dativo. Como é sabido, antes dos escritores do Novo Testamento não há registro de que alguém dentre os gregos tenha utilizado o dativo preposicionado para expressar idéias como 'em Platão', 'em Sócrates', etc. Somente no Novo Testamento encontramos frases com este uso específico do dativo.
O capítulo 1 da carta aos Efésios aponta este uso do dativo em frase preposicional. O elemento gramatical mais repetido é a preposição grega '', correspondente ao nosso “em”, seguida do dativo 'Χριστ'. Ela vem com o pronome pessoal (“nele”), ou com um nome (“em Cristo”, “no Amado”).
A nova criatura resulta de uma nova criação de Deus. A nova criação é feita em verdadeira justiça e santidade. Cristo é a verdade, e todos que estão em Cristo são igualmente verdadeiros, porque no que é Verdadeiro os que crêem estão ( 1Jo 5:20 ).
Com base no que analisamos, adorar ‘em verdade’ é o mesmo que estar em comunhão com Cristo. Ou seja, não se refere à atitude do adorador, ou ao ambiente que o adorador se encontra, antes diz da condição da nova criatura.
Como ser Verdadeiro?
A idéia da verdade, ou do que é verdadeiro que Jesus apresenta não tem relação com sentimento e práticas humanas cotidianas. A idéia de que ser verdadeiro é ser autêntico, ou seja, cercado de virtudes humanas, não se refere à verdade que Cristo estabeleceu.
Para que o homem seja verdadeiro é preciso estar unido a Cristo, em comunhão com Deus. Como? Ora, a comunhão com Deus é estabelecida através da mensagem do evangelho "O que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que também tenhais comunhão conosco; e a nossa comunhão é com o Pai, e com seu Filho Jesus Cristo" ( 1Jo 1:3 ). O que é que João ouviu e estava retransmitindo aos Cristãos para que tivessem comunhão com Deus? A mensagem do evangelho!
A mensagem do evangelho constitui-se no chamado de Deus para que os homens estejam unidos a Ele "Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados para a comunhão de seu Filho Jesus Cristo nosso Senhor" ( 1Co 1:9 ).
Após ouvir a mensagem do evangelho e crer em Cristo como o enviado de Deus, conforme diz as escrituras, o homem passa a viver 'em verdade'. Passa a compartilhar da vida que há em Deus, como luzeiros no mundo que jaz em trevas.
O homem que crê na mensagem do evangelho é novamente criado 'em verdade'. É produto do milagre da regeneração. O novo nascimento é o acesso (porta) para a glória de Deus. Quem estava alienado, agora passa a ver a glória de Deus, como está escrito: "Disse-lhe Jesus: Não te hei dito que, se creres, verás a glória de Deus?" (João 11: 40).
Através do ouvir a mensagem do evangelho o homem passa a crer na esperança proposta, ou seja, a fé vem pelo ouvir. O evangelho é poder de Deus para os que crêem, que faz dos homens que eram filhos de Adão filhos de Deus ( Jo 1:12 ; Jo 1:13; Rm 1:16 ). O poder regenerador da fé (evangelho) faz com que o homem passe a compartilhar a glória de Deus ( Jo 17:22 ; Jo 17:23 ).

Em espírito
“O que é nascido da carne, é carne, mas o que é nascido do Espírito é espírito” ( Jo 3:6 )
Pelo fato de os homens serem descendentes de Adão são designados carnais. Além de possuirem um corpo constituído de carne, a natureza dos homens sem Deus é designada ‘carnal’.
O que é ser carnal? 'Carnal' refere-se à natureza decaída, alienada de Deus, que foi herdada de Adão. Quem é carnal, ou seja, descendente na carne de Adão não pode agradar a Deus. Esta é uma condição intrínseca a natureza herdada de Adão. Por mais que uma pessoa tenha intenção e vontade de adorar a Deus, e não é nascida de novo, conforme o que propõe a mensagem do evangelho, não poderá agradar a Deus ( Rm 8:8 ).
Por ser gerada de Adão a tendência nata da carne é a morte. Quando falamos da tendência da carne como sendo morte, não nos referimos à morte física do homem, antes à alienação (separação) de Deus ( Rm 8:7 ).
Porém, do mesmo modo que os nascidos de Adão são carnais, os nascidos segundo o último Adão são espirituais. Como? Ora, do mesmo modo que o Espírito Eterno, que fez ressurgir o Cristo dentre os mortos, ele fez ressurgir os que crêem e habita neles ( Rm 8:9 ).
Pelo fato de os cristãos terem o Espírito de Cristo, isto indica que também são filhos de Deus, portanto, espirituais. Todos quantos são nascidos de Deus (Espírito) são filhos de Deus (espírito).

Adorar em espírito e em verdade
Muitos pensam que para adorar a Deus é necessário estar em um templo cercado de pessoas em atitude reverente. Para elas é preciso um momento de concentração, reforçado com meditação, rezas e orações. É o que chamam de ambiente propício. Este ambiente geralmente surge de um envolvimento emocional promovido pela expectativa de milagres, profecias, manifestações, etc.
Consideram que adorar a Deus em espírito e em verdade é fruto da emoção, da vontade e do intelecto do homem. Para Eles adoração sem emoção, ou sem intelecto não é adoração, e é possível adorar em verdade sem ter nascido do Espírito, ou adorar em espírito sem ter nascido da Verdade.
Porém, a Bíblia demonstra que, se o homem adora em espírito, concomitantemente ele está na Verdade, e se adora 'em verdade' é porque vive em Espírito! Adoração não é um estilo de vida como apregoam. Adorar em espírito e em verdade só é possível quando se conhece a Deus, ou seja, quando Deus passa a habitar no homem "O Espírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós" ( Jo 14:17 ).
Quando é que o homem passa a estar em Deus e Deus no homem, fazendo morada? ( 1Co 3:16 ). Somente após crer na mensagem do evangelho "Em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa" ( Ef 1:13 ).
Muitos se escudam no legalismo, outros no formalismo, sem nos esquecermos dos tradicionalistas. Os emocionalistas acusam os racionalistas, e surgem inúmeras forma de fanatismos. Porém, todos se esquecem que somente os nascidos de novo podem adorar a Deus em espírito e em verdade.
Quando o homem nasce de novo através da mensagem do evangelho, não há um tempo ou lugar específico para adorar. Os verdadeiros adoradores adoram em todo tempo e em todos os lugares.
  • Um verdadeiro adorador não está vinculado a templos, pois é templo e morada do Espírito Santo ( 1Co 3:16 );
  • Um verdadeiro adorador não necessita de sacrifícios, pois é sacrifício vivo, santo e agradável a Deus ( Rm 12:1 );
  • Um verdadeiro adorador oferta a Deus sacrifício de louvor, ou seja, o fruto dos lábios que professam a Cristo ( Hb 13:15 );
  • Um verdadeiro adorador não precisa de intermediário, pois exerce sacerdócio santo, oferecendo sacrifícios espirituais a Deus ( 1Pe 2:5 );
  • Um verdadeiro adorador não precisa de tempo específico, pois o momento da adoração foi estabelecido quando Cristo chegou entre os homens, em que os verdadeiros adoradores adoram em espírito e em verdade ( Jo 4:23 ).
Em suma: para adorar em espírito e em verdade é preciso crer no que anunciou os profetas: “Lançai de vós todas as vossas transgressões com que transgredistes, e criai em vós um coração novo e um espírito novo (...) Então aspergirei água pura sobre vós, e ficareis purificados; de todas as vossas imundícias e de todos os vossos ídolos vos purificarei. E dar-vos-ei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de carne. E porei dentro de vós o meu Espírito, e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis os meus juízos, e os observeis” ( Ez 18:31 ; Ez 36:25 -27).
Somente o Espírito Eterno “Então (Deus) aspergirei...” (v. 31), pode purificar o homem através da palavra do evangelho (água pura). O 'aspergir água pura' é o mesmo que nascer da água. Somente Deus pode aspegir a água pura, ou seja, o nascer do Espírito. Somente Deus pode fazer do homem uma nova criatura, com novo coração e um novo espírito ( Sl 51:10 ; Is 57:15 ).
A nova criatura, ou o novo homem em Cristo é gerado de Deus para a sua glória ( Jo 1:12 ). Deus cria, forma e faz o novo homem em verdadeira justiça e santidade para a sua própria glória "A todos os que são chamados pelo meu nome e os que criei para a minha glória, os formei, e também os fiz" ( Is 43:7 ). Somente os nascidos da água e do Espírito, ou seja, da verdade e do Espírito são capazes de adorar a Deus em espírito e em verdade, pois estes foram criados para louvor da glória de Deus, ou seja, adoração verdadeira ( Ef 1:6 ; Ef 1:12 e Ef 1:14 ).
O verdadeiro louvor e adoração são provenientes da obra criativa de Deus (nova criatura), pois quem dentre as suas criaturas poderá acrescentar honra, glória e louvor a Deus? É por isso que Deus faz todas as coisas para e em louvor de sua glória!  

fonte: www.bibliacomentada.org