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segunda-feira, 29 de julho de 2013

A Livre agência do homem

CAP 19 - UM ESTUDO SISTEMÁTICO DE DOUTRINA BÍBLICA

A LIVRE AGÊNCIA DO HOMEM

Pensamento claro é muito mais necessário quando vimos a tratar da livre agência do homem. Alguns a imaginam assunto muito difícil por terem feito dele algo diferente do que é. Pela mesma razão alguns tem acusado que a doutrina de eleição incondicional, doutrina bíblica e batista, destrói a livre agência do homem.
Bem diz Spurgeon: !Em referencia à matéria da predestinação e livre arbítrio, muitas vezes ouvi homens perguntarem: !Como as fazeis concordar?? Acho que há uma outra pergunta apenas tão difícil a solver: !Como as fazeis diferir?? Ambas podem ser feitas tão facilmente colidir como colidir. A mim me parece um problema que não pode ser estabelecido e um assunto que não precisa de solução? (Sermons, Vol. 13, pág. 31).
I. A LIVRE AGÊNCIA DO HOMEM É UMA DOUTRINA BATISTA
A declaração de Fé de New Hampshire, largamente aceita entre os batistas, declara que a eleição é !perfeitamente coerente com a livre agência do homem?.
O falecido George W. McDaniel, quando presidente da Convenção Batista do Sul, disse numa carta pessoal ao autor deste livro: !A posição batista tanto reconhece a soberania divina como a livre agência moral?.
Spurgeon diz: !A predestinação de Deus não destrói a livre agência do homem nem alivia a responsabilidade do Pecador? (Sermons, Vol. 13, pág. 30).
D. F. Estes (Seminário Teológico de Hamilton e Universidade de Colgate) diz: !A liberdade moral do homem foi claramente sustentada por Paulo e não menos positiva e tenazmente por causa de certas outras idéias que ele sustentou e que a alguns parecem estar inconsistentes entre si (New Testament Theology, pág. 104).
Diz W. W. Hamilton: !Deus uniu certos grandes fatos na salvação e nós devemos, segurissimamente, angustiar-nos se deixarmos de o reconhecer. Soberania e livre arbítrio vêem-se intimamente relacionados quando Pedro disse no grande revivamento do Pentecostes: !Sendo Ele entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus, pelas mãos ímpias de injustos vós O matastes? (Bible Evangelism, pág. 90).
J. M. Pendleton diz: !Não há verdades mais claramente reveladas na Bíblia do que a que Deus é soberano e o homem é livre? (Christian Doctrines, pág. 103).
E. Y. Mullins diz: !O livre arbítrio no homem é uma verdade tão fundamental como qualquer outra Evangelho e não deve ser jamais cancelada em nossas disposições doutrinárias; sem ela o homem não seria homem e Deus jamais nos rouba de nossa verdadeira virilidade moral em salvar-nos? (Baptist Beliefs, pág. 26).
J. P. Boyce diz: !O livre agência pertence à natureza de uma criatura moral inteligente. Deve ter ela liberdade de escolha, ou não seria responsável por sua ação. A própria essência da responsabilidade consiste no poder de ação contrária, assim quisera alguém? (Abstract of Systematic Theology, pág. 224).
A. H. Strong diz: !Livre agência ... tem-se mostrado ser consistente com os decretos (de Deus)? (Systematic Theology, pág. 177).
Está manifesto pelas citações supra que a livre agência, segundo o seu uso entre autores batistas, deve ter significado diferente daquele que muita gente entende ser. Spurgeon, Estes, Pendleton, Mullins, Boyce e Strong são todos claros no seu ensino da eleição incondicional. Isto nos leva então a considerar.
II. DEFINIDA A LIVRE AGÊNCIA
1. PELOS DICIONÁRIOS.
Funk e Wagnall?s Desk Standard Dictionary define a livre agência como !a faculdade ou capacidade de agir livremente, isto é, sem constrangimento da vontade?.
Webster?s New International Dictionary, ao definir o termo !livre?, na sua aplicação aos atos de um ser moral, diz: !Não determinado por algo além de sua própria natureza ou ser; não necessitado por uma causa ou agência externas; escolhendo ou capaz de escolher por si mesmo; como um livre agente?.
2. PELOS ESCRITORES TEOLÓGICOS PADRÕES.
N. L. Rice diz: !A livre agência não é nada mais ou menos do que agir sem compulsão e de acordo com os próprios desejos e inclinações de alguém? (God Sovereign and Man Free, pág. 58).
J. M. Pendleton repete a definição de André Fuller, que é como segue: !Um livre agente é um ser inteligente que está em liberdade para agir segundo sua escolha, sem compulsão ou restrição? (Christian Doctrines, pág. 104).
A. H. Strong diz: !Livre agência é a faculdade de autodeterminar-se em vista de motivos ou poder de o homem (a) escolher entre motivos e (b) dirigir sua atividade subseqüente conforme com o motivo assim escolhido? (Systematic Theology, pág. 176).
Lutero negou o !livre arbítrio? como era empregado pelo seu grande oponente Erasmo e também pelos pelagianos e sofistas; e, com toda a sua perspicácia, supondo erradamente que o uso feito de !livre arbítrio? pelos arroistas supra era o único sentido da expressão, opôs-se ao seu emprego. Não obstante, ele atribuiu à vontade uma liberdade tal como é atribuída por outros aqui citados, definindo-a nas seguintes palavras: !Vontade, quer divina ou humana, faz o que faz, seja bem ou mal, não por qualquer compulsão senão por mero querer ou desejo, como se fossem totalmente livres? (Cativeiro da Vontade, pág. 41).
John Gill, que é muitas vezes falsamente acusado de antinomianismo, diz: !Uma determinação da vontade para uma qualquer coisa, não é contrária à escolha, porque a vontade humana de Cristo, como a dos anjos e dos santos glorificados estão determinadas somente para o que é bom e, todavia, tanto escolhem como fazem o bem livremente ... Além disso, nem a impotência do homem, nem a influência eficaz da graça, de modo algum impedem a liberdade das ações humanas. Um ímpio que está sob a mais forte das parcialidades, poder e domínio da sua concupiscência, age livremente; como o faz também um homem bom ao fazer o que é espiritualmente bom e nunca mais assim do que quando ele está sob as mais poderosas influências da graça divina? (Causa de Deus e Verdade, págs. 184-5).
Jonathan Edwards considerou a livre agência como a !faculdade, oportunidade ou vantagem que qualquer um tem de fazer como lhe apraz? (Freedom of the Will, pág. 17).
De indústria reservamos para o fim a definição que é a mais explícita de todas, porque resume todas as outras e as estabelecem em maior minúcia e de um modo mais facilmente compreensível. Esta definição é de E. Y. Mullins: !A liberdade no homem não implica insenção da operação de influências, motivos, hereditariedade, ambientes: antes significa que o homem não está sob compulsão e suas ações são em último caso determinadas do interior. Ele é auto-determinado no que faz. Alguns sustentam que a liberdade no homem significa a habilidade de transceder-se e agir contra o seu caráter. (É isto o sentido errôneo de vontade livre, como crida por todos os pelagianos e arminianos e como contrariada por Lutéro e muitos outros). A vontade é assim considerada, não como uma expressão do que o homem é no seu caráter essencial. É livre no sentido de ser capaz de escolhas sem relação a escolhas passadas, hábitos adquiridos e tendências hereditárias. Isto é uma idéia insustentável da liberdade: faz da vontade mera aditiva à natureza do homem antes que uma expressão dela. A liberdade exclui a compulsão externa como também exclui o mero capricho e arbitrariedade. Liberdade é auto-determinação? (The Christian Religion in its Doctrinal Expression, págs. 258-9).
Submetemos agora que todos esses grandes escritores estão em harmonia uns com os outros na sua idéia dessa liberdade que o homem possui, conquanto alguns deles negassem que liberdade fosse chamada tanto livre agência como vontade livre. Contudo, se houvesse em todo o universo uma coisa tal como livre agência, mesmo no caso de Deus, a liberdade do homem afirmada no precitado é livre agência.
Para tornar isto mais manifesto, tomamos como nossa próxima proposição:
III. O HOMEM TÃO LIVRE AGENTE COMO DEUS
Notamos que o Dr. A. H. Strong diz: !A livre agência é a faculdade de auto-determinação?. Outros a definem como a faculdade que alguém tem de agir segundo sua escolha, fazer como lhe apraz. Vimos que livre agência não implica habilidade de transcender-se e de agir contrário ao seu caráter; não exclui a determinação tanto para o bem como para o mal; exclui compulsão e restrição do exterior da natureza de alguém e exclui também apenas tão seguramente o mero capricho e a arbitrariedade.
Que mais do que isto se pode afirmar de Deus? Que menos pode ser afirmado do homem? Deus é auto-determinado, assim o homem, em todos os tempos. Deus sempre age segundo Sua escolha e faz como Lhe apraz,(?) assim também o homem. Deus não pode transceder-se e agir contrário ao Seu caráter(?). Nem o homem o pode. Deus está sempre determinado para o bem. O homem natural está sempre determinado para aquilo que é espiritualmente mau. Um homem regenerado está determinado, em geral, para aquilo que é bom. Quando ele comete o mal, ele está, no momento, determinado para o mal. A vontade de Deus não está nunca compelida ou restringida por algo fora de Sua própria natureza. O mesmo é verdade quanto ao homem. Deus jamais age caprichosa ou arbitrariamente, isto é, sem causa suficiente. Nem o homem. Deus sempre age de acordo com a Sua preferência, considerando as coisas como um todo, mas não sempre segundo a Sua preferência em si, considerando as coisas separadamente e aparte do Seu plano perfeito (?). Por exemplo, Deus prefere emanentemente a santidade em todos os tempos, mas, em consideração ao Seu plano como um todo, Ele propôs permitir o pecado; porque o pecado, de algum modo, é necessário à consecução do Seu plano. É isto análogo ao fato de o homem ter preferências conflitivas, mas seguir sempre a sua mais forte preferência e, em assim fazendo, ser sua vontade inteira e absolutamente livre.
A posição da vontade de Deus e a natureza e leis de sua ação são as mesmas como no caso da vontade do homem; cada uma está sujeita à natureza do seu possuidor, ambas expressam a natureza do seu possuidor em vista de motivos. Tanto o homem como Deus são livres em todos os tempos para agiram nos seus mais dominantes desejos e suas inclinações. Deus não é, verdadeiramente, um livre agente mais do que o homem é.
Que a livre agência do homem em todos os tempos pode ser mais manifestada, consideraremos:
IV. LIVRE AGÊNCIA DO HOMEM NATURAL
O homem não pode fazer diferente que continuar no pecado por tanto tempo quanto está no seu estado natural (Jeremias 17:9; Provérbios 4:23; Jó 14:4; Jeremias 13:23; João 6:65; Romanos 8:7,8; I Coríntios 2:14). Mas sua continuação no pecado não se deve a compulsão ou restrição exterior senão ao seu próprio caráter que lhe causa escolher as trevas mais que a luz (João 3:19). Ele continua no pecado pela mesma razão por que um porco se espoja no lamaçal; continua no pecado pela mesma razão porque Deus continua na santidade. Assim ele é completamente um livre agente.
V. A LIVRE AGÊNCIA E O ENDURECIMENTO E O OBUMBRAMENTO DIVINOS
No endurecimento e obumbramento dos pecadores, que iniludivelmente se atribuem a Deus na Escritura (Romanos 9:18; João 12:40), não há força externa trazida a influenciar a vontade do pecador. Enquanto se diga que Deus cega e endurece o pecador, diz-se que o pecador se obnubila e endurece a si mesmo. João 12:40 é uma citação de Isaías 6:10, onde o profeta Isaías é mandando fechar os olhos do povo. Então, em Mateus 13:14,15, há uma outra citação livre desta mesma profecia e em Mateus diz-se terem os pecadores fechado os seus próprios olhos. Então, ainda outra vez, em 2 Coríntios 4:3,4, temos um cegamento de pecadores atribuído ao diabo. Todas estas passagens se referem à mesma coisa e todas elas são verdadeiras porque estão na Palavra de Deus. Temos o cegamento dos pecadores atribuído a Deus, ao diabo, ao profeta e aos pecadores mesmos. Cabe-nos achar, se pudermos, a harmonia entre estas afirmações. Ei-la: O obumbramento se atribui a Deus porque Ele decretou, se permissivamente, se eficientemente, todas as circunstancias que tornam o pecador cego; atribui-se ao diabo porque ele é o autor do pecado pelo qual o pecador se obumbra; é atribuído ao profeta porque sua pregação da Palavra gera e faz o cegamento do pecador ativo na sua rejeição da Palavra. Então, finalmente, é atribuído ao pecador mesmo porque ele ama mais as trevas que a luz e manifesta sua escolha das trevas rejeitando a Palavra. Isto deixa o homem natural como livre agente. Se Deus, ou o diabo, ou o profeta, por um poder fora da natureza do pecador pudesse compelir o pecador contra sua escolha, ele não mais seria um agente livre, conquanto Deus continue a operar nele !tanto o querer como o efetuar, segundo a Sua boa vontade? (Filipenses 2:13); mas esta obra, como a de vivificar, não força a vontade.
VII. A LIVRE AGÊNCIA E A LIBERDADE CRISTÃ
Alguns se tornam confusos a respeito da livre agência em vista da afirmação de Cristo em João 8:32: !Conhecereis a verdade e a verdade vos livrará?. Cristo aqui se referiu à liberdade da natureza do cativeiro do pecado e não à livre agência. Tornar-se-á isto evidente a qualquer estudante esclarecido sobre uma consideração do precitado tratamento da livre agência. A posição da vontade, a natureza e as leis de sua ação são as mesmas antes e depois da conversão. Em ambos os casos o homem é auto-determinado em vista de motivos. Tanto antes como depois da regeneração a vontade expressa o caráter de alguém. A diferença entre os estados irregenerados e regenerados não é em consideração à liberdade da vontade senão no fato que, antes da regeneração, o homem é o !escravo do pecado? (João 8:34), enquanto que, depois, os crentes são pelo poder da nova vida !servos da justiça? (Romanos 6:18). Em ambos os casos os homens são servos e a vontade está sujeita ao caráter, sendo tão livre num caso como no outro.
VIII. A LIVRE AGÊNCIA E A SOBERANIA DE DEUS
Sem a mínima reserva de hesitação subscrevemos a Confissão de Fé de Filadélfia na sua declaração que !Deus decretou em Si mesmo, desde toda a eternidade, pelo sapientíssimo e santíssimo conselho de Sua própria vontade, que, tudo quanto seja, livre e imutavelmente aconteça. Isto inclui o mal tão bem e tão completamente como o bem, conquanto num sentido diferente e é sustentado tanto pela razão como pela revelação. Vide o capítulo !A Vontade de Deus?. Vide também Daniel 4:35; Isaías 46:10; Romanos 9:19; Efésios 1:11.
Quando os homens dizem que a soberania absoluta de Deus não pode reconciliar-se com a livre agência por mentes finitas, indicam um mal entendido quer da livre agência, quer da soberania de Deus, ou de ambas. A livre agência está em harmonia perfeita, completa e manifesta com a soberania absoluta de Deus. O laço de união entre ambas jaz no fato que a vontade está sujeita ao caráter do seu possuidor. Deus determinou o caráter de cada homem por meio de qualquer dos Seus decretos, positivo ou permissivo, positivo no caso de todo o bem e permissivo no caso de todo o mal. E Deus, tendo determinado todas as circunstancias, controla os motivos que influenciam a vontade. Assim Deus controla as ações humanas e todavia os homens agem em todos os tempos livremente como Deus mesmo faz. Se não houvesse Deus, o homem não podia agir mais livremente do que age.
Vemos esta harmonia entre Deus e Sua soberania e a livre agência do homem incisivamente exemplificada na crucificação de Cristo. Deus determinou que Cristo fosse crucificado (Atos 2:23; 4:27-8). E Deus determinou que uns certos o fariam, mas Ele fez isto permissivamente. Todos quantos tomaram parte na crucificação estiveram somente representando suas próprias naturezas e nunca foram mais livres em qualquer ato, nem Deus foi jamais livre em qualquer ato. Através de motivos ímpios escolheram matar o Senhor da glória. Mataram-nO porque O odiaram. Mataram-nO porque Ele os repreendeu por seus pecados. Mataram-nO porque Ele retirou a glória que tinha sido deles. Deus não os causou faze-lo, mas decretou permitir-lhes seguir suas próprias inclinações e desejos em faze-lo.
IX. A LIVRE AGÊNICA E O PODER DA AÇÃO CONTRÁRIA
Será notado que a expressão sobre livre agência citada de J. P. Boyce implica que o poder da ação contrária é essencial à livre agência. Isto é verdade se o poder da ação contrária é definido como Boyce o define, isto é, como o poder que se tem de fazer diferente do que se faz, tivesse assim querido. Isto é só dizer que o homem é livre da necessidade externa e da compulsão em suas ações. Se em qualquer momento não tivera alguém querido proceder como procedeu, podia o tal ter procedido diferentemente, se alguém é sempre livre para fazer como lhe apraz; quer dizer, sem dúvida, como lhe apraz no todo. Segue o seu desejo mais forte.
Ou, se o poder da escolha contrária é usada para significar o poder da alma de fazer escolhas contrárias ao seu propósito previamente regente, ele ainda está implicado na livre agência. Os motivos despertam tendências latentes na alma a assim a alma pode agir contrária ao seu propósito previamente regente. Na conversão a alma age contrária ao seu propósito previamente regente, mas, neste caso, não é devido ao despertamento de tendências latentes senão à implantação da nova vida.
Mas, se alguém supõe que o poder de ação contrária significa que é possível a alguém agir em qualquer momento diferentemente do modo no qual ele age, individuo e motivos permanecendo os mesmos, ele supõe uma contradição e uma necessidade, porque isto é supor que alguém escolha aquilo que não pode escolher. Toda a ação é o resultado de uma necessidade interna de conseqüências mas não de uma necessidade externa, nem de uma necessidade de compulsão. Em outras palavras, a ação de qualquer individuo em qualquer tempo não podia ter sido diferente sem o indivíduo ou os motivos serem diferentes. Doutra maneira não haveria nenhuma causa para a ação da vontade e todo o senso comum proíbe a suposição de uma coisa finita sem uma causa. Assim, os atos da vontade procedem de uma necessidade interna. Mas o indivíduo é livre e espontâneo. Não há forças que compila a vontade, porque a vontade é simplesmente a faculdade de escolha da alma. De fato, nenhum poder pode compelir ou coagir a vontade: necessariamente livre e não seria vontade sem isto.

Autor: Thomas Paul Simmons, D.Th.
Digitalização: Daniela Cristina Caetano Pereira dos Santos, 2004
Revisão: Charity D. Gardner e Calvin G Gardner, 05/04
Fonte: www.PalavraPrudente.com.br 


Revelação de Deus com o Universo

CAP 8 - UM ESTUDO SISTEMÁTICO DE DOUTRINA BÍBLICA

REVELAÇÃO DE DEUS COM O UNIVERSO

Há várias idéias concernentes à relação de Deus com este nosso universo. A modo de contraste entre essas falsas idéias e o ensino da Escritura, notemos:

I. NO SEU SER DEUS ESTÁ SEPARADO DO UNIVERSO.

Por toda a Escritura Deus está distinguido de Sua criação. Ele é um espírito puro, ao passo que todas as coisas e seres criados são pelo menos materiais em parte, com exceção dos anjos, tanto bons como maus. Deus é infinito; todas as coisas criadas são finitas. Deus é eterno, tendo existido desde a eternidade. Isto não é verdade quanto a qualquer outra coisa. Deus é imutável. Nada mais o é. Deus é onipresente; nada mais é. Nem qualquer outra coisa possui os atributos de onipotência e onisciência da essência de Deus.
As Escrituras, portanto, refutam o panteísmo, o qual é definido por Strong como "aquele método de pensamento que concebe o universo como o desenvolvimento de uma substância inteligente e voluntária, contudo impessoal, que atinge o senso comum somente no homem. Ele, portanto, identifica Deus, não com cada objeto individual no universo senão com a totalidade das coisas" (Systematic Theology, pág. 55).

II. DEUS CRIOU O UNIVERSO.

1. O FATO.
Isto está declarado no primeiro verso da Bíblia. A Escritura, portanto, nega a eternidade da matéria. Ela também nega que o universo foi criado por um mau Espírito, como ensinaram os maniqueus. Também é negada a geração espontânea, idéia esta dos evolucionistas ateus. Mais ainda, negada é a teoria das emanações, teoria que com o panteísmo sustenta que Deus é da mesma substância com o universo e que o universo é resultado de sucessivas emanações do Seu ser.
2. A MANEIRA.
(1) Pelo faça-se.
Por isso queremos dizer que Deus falou o universo à existência. As seguintes passagens ensinam isto bem claramente:
"E a Palavra de Jeová foram feitos os céus e toda a hoste deles pelo bafo de Sua boca" (Salmos 33:6).
"Tema toda a terra a Jeová; espantem-se dEle todos os habitantes do mundo; porque Ele falou e foi feito; Ele mandou e o mundo permaneceu" (Salmos 33:8,9).
"Pela fé entendemos que os mundos formaram pela palavra de Deus" (Hebreus 11:3).
Claros exemplos da criação pelo faça-se acham-se em Gênesis 1, onde descobrimo-lo arquivado que "Deus disse: Haja luz... um firmamento... etc." e cada coisa na sua ordem surgiu à vida.
(2. Sem materiais previamente existentes.
"O que se vê não foi feito das coisas que se viam" (Hebreus 11:3).
Quando Deus chamara a existência os materiais do universo, Ele os amoldou segundo Sua vontade. Ele principiou sem nada. Só Ele é eterno. Todas as demais coisas saltaram de Sua mão criadora.

III. DEUS AGORA CONSERVA O UNIVERSO.

Deus desenvolve contínuo poder, por meio do qual Ele mantém a existência das coisas que Ele criou segundo a natureza que lhes comunicou. A Escritura ensinando sobre a infinitude e supremacia de Deus é suficiente para convencer-nos que Deus só é auto-existente e imutável; que o universo, portanto, deve ser sustentado e mantido por poder não inerente. E como devêramos esperar, então, quando achamos a Escritura fazendo os seguintes relatos:
"Tu és Jeová, ainda Tu só; fizeste o céu e o céu dos céus, com todos os seus exércitos, a terra e tudo que nela existe, os mares e tudo que esta neles, e Tu os conservaste a todos" (Neemias 9:6).
"Ó Jeová, Tu conservas os homens e os animais" (Salmos 36:6).
"Nele vivemos e nos movemos e temos nosso ser" (Atos 17:28).
"Ele é antes de todas as coisas e nEle tudo consiste" - sustentam-se, "derivam sua perpetuidade" - Dargan (Colossenses 1:17).
"... sustentado todas as coisas pela palavra do Seu poder" (Hebreus 1:3).
Foi provavelmente à conservação que Jesus se referiu, em parte, ao menos, quando disse: "Meu Pai trabalha mesmo até agora" (João 5:17). O descanso de Deus no sétimo dia da semana da criação não foi à cessão total da atividade, mas somente de Sua obra criadora direta.

IV. DEUS CONTROLA O UNIVERSO.

Da Escritura achamos que Deus não só é o criador e conservador do universo, mas o controlador dele. Ele não criou o universo então o abandonou: Ele agora governa ativamente toda à parte e toda atividade no universo. Este ensino está envolvido na declaração que Deus "opera todas as coisas segundo o conselho de Sua própria vontade" (Efesios 1:11).
As seguintes passagens também ensinam esta doutrina: Jó 37:3,4,6,10-13; Salmos 135:7; 104:14; Mateus 5:45; 6:26,30.
A doutrina do controle de Deus no universo não nega a realidade das segundas causas: ela meramente mostra que Deus como a primeira causa e o Criador de todas as segundas causas. Deus arranjou segundas causas de modo que Ele cumprisse Sua vontade. As leis físicas são reais: elas prevalecem em todos os casos, salvo onde Deus as afasta nos Seus atos miraculosos. Levanta-se o vapor, a chuva cai e o vento assopra segundo certas leis; mas Deus ordenou essas leis e Ele agora sustenta todas as coisas segundo Sua natureza original e Sua intenção por elas, de maneira que Deus é realmente Quem causa o vapor subir, a chuva cair e o vento assoprar. Negar a existência da lei é tolice. Representar a lei como operando independente de Deus é infidelidade.
O controle de Deus não cessa com as forças impessoais do universo: ele estende-se a todas as ações dos homens e as compreende. Isto se mostra pelas seguintes passagens: Êxodo 12:36; Salmos 33:14,15; Provérbios 19:21; 20:24; 21:1; Jeremias 10:23; Daniel 4:35; Isaías 44:28; Êxodo 9:12; Salmos 76:10; Provérbios 16:4; João 12:37,39,40; Atos 4:27,28.
Ver-se-á que o controle supra dos homens inclui seus atos maus bem como os bons. O controle de Deus dos atos maus humanos pode ser dividido em quatro espécies:
1. PREVENTIVO.
Gênesis 20:6; 31:24; Salmos 139:3; 76:10.
2. PERMISSIVO.
Salmos 81:12,13; Oséias 4:17; Atos 14:16; Romanos 1:24,28.
É sob o domínio da vontade permissiva ou controle de Deus que 1 Samuel 18:10 começa. Aqui nos é dito que "um espírito mau procede de Deus se apoderou de Saul". É assim que devemos entender o endurecimento e a cegueira de Deus para os pecadores, como em Êxodo 9:12; Romanos 9:18; João 12:40. É também a este domínio que devemos referir Atos 4:27,28, o qual tem a ver com a crucificação de Cristo. Deus ordenou que Cristo morresse sobre a Cruz, mas Ele meramente deteve o Seu poder coercitivo e permitiu a crucificação seguir sua própria inimizade natural contra Cristo. Em 2 Samuel 24:1 e 1 Crônicas 21:1 vemos prova de fato que algumas vezes na bíblia as coisas que Deus permite a outros cometerem são atribuídas a Ele. Em 2 Samuel 24:1 diz-se que Deus moveu Davi a numerar Israel, ao passo que, em 1 Crônicas 21:1, a mesma coisa é atribuída a Satanás.
3. DIRETIVO.
Gênesis 50:20; Isaías 10:5. Assim, enquanto Deus permite o pecado, Ele também o dirige para realizar tais propósitos como Lhe apraz que o pecado realize. P. W. Heward, Inglaterra, diz: "Os desejos do pecado são os desejos do homem: o homem é culpado: o homem é censurável. Mas o Deus todo-sábio impede que esses desejos produzam ações indiscriminadamente. Ele compele esses desejos a tomarem um certo curso divinamente estreitado. As torrentes da iniqüidade são dos corações dos homens, mas não lhes é concedido cobrirem a terra; trancam-se nos canais da soberana indicação de Deus e os homens inadvertidamente se prendem em limites, de modo que nem um jota do propósito de Deus falhará. Deus trás as enchentes dos ímpios ao canal de Sua providencia, a moverem o moinho do Seu propósito". Disse Agostinho: "Que o pecado dos homens procede deles mesmos; que ao pecarem eles executam esta ou aquela ação, é de Deus, que divide as trevas segundo o Seu prazer".
4. DETERMINATIVO.
Deus não só permite o pecado e o dirige, mas marca os limites além dos quais ele não pode ir e prescreve as linhas dos seus efeitos. Vide Jó 1:12; 2:6; Salmos 124:2; 1 Coríntios 10:13; 2 Tessalonicenses 2:7.

Autor: Thomas Paul Simmons, D.Th.
Digitalização: Daniela Cristina Caetano Pereira dos Santos, 2004
Revisão: Charity D. Gardner e Calvin G Gardner, 05/04
Fonte: www.PalavraPrudente.com.br 

Pastor e Teologo Ed Rene Kivitz na Band...

Pastor E Teólogo Ed René Kivitz Fala Sobre Religião No Programa Claquete Da Band

Pastor e teólogo Ed René Kivitz fala sobre religião no programa Claquete da Band
Pastor e teólogo Ed René Kivitz fala sobre religião no programa Claquete da Band
Pastor e teólogo Ed René Kivitz fala sobre religião no programa Claquete da Band

O programaClaquete, apresentado por Otávio Mesquita na Band, recebeu o pastor e teólogo Ed. René Kivitz, da Igreja Batista da Água Branca, na madrugada de segunda para terça-feira (22/23 de julho).

Durante o “Claquete“, o pastor Ed. René Kivitz falou sobre a origem do papado, a importância da vinda do maior líder da Igreja Católica ao país, além de comentar a abertura do diálogo sobre fé e religião.
Na entrevista, Ed. René fala do surgimento do Papa na Igreja Católico e sobre a crença de que Pedro foi o primeiro Papa.
Ele relatou que acha muito relevante a vinda do Papa ao Brasil. “A chegada do Papa coloca na pauta na nossa discussão a importância da religião, da fé e da igreja.”
O líder batista também explicou a diferença entre religião e espiritualidade, e lamentou as barbaridades que algumas pessoas cometem em nome da religião.
No último bloco do programa, o assunto foi o sacrifício de Jesus e todo o sofrimento que ele envolveu. Ed. René diz acreditar ser tudo verdade e afirma que ela é a história mais bela da humanidade.
“Deus não pode ser definido porque definir é limitar e Deus não cabe em nenhuma definição, caixote, dogma ou doutrina. Deus pode ser percebido, Ele é um ser sensível que se dá a conhecer.”
Confira à entrevista no vídeo abaixo.
Informações: Portal Guiame

Cresce grupo dos que se dizem "sem religião"

Cresce grupo dos que se dizem “sem religião”

por Artigo compilado - seg jul 29, 1:19 pm
Codeplan: grupo que mais cresce é o dos que se dizem sem religião
Estudo da Codeplan em 10 cidades revela que o total de pessoas sem uma crença aumentou nos últimos dois anos em todas as regiões pesquisadas, que representam 35% da população do DF. Ainda assim, católicos e evangélicos somam 91% desses moradores
Não é apenas a Igreja Católica que precisa repensar a forma de atrair fiéis no Distrito Federal. Na última década, a instituição perdeu seguidores em todo o país. No Planalto Central, a presença dos católicos era menor que a média nacional e, ainda assim, teve queda. Ao mesmo tempo, os evangélicos ficavam mais numerosos, principalmente nas cidades com menor renda. A tendência, porém, não foi confirmada nas primeiras comparações entre 2011 e 2013 da Companhia de Planejamento do DF (Codeplan). Pelo menos em 10 regiões administrativas, o grupo que mais se avolumou é o dos que se dizem sem religião.

Até o momento, a Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílio (Pdad) 2013 foi concluída no Recanto das Emas, em Samambaia, em Brazlândia, no Gama, em Santa Maria, em Planaltina, no Riacho Fundo, no Riacho Fundo 2, no Varjão e na Candangolândia. A soma dos residentes dessas regiões representa cerca de 35% do total de habitantes do DF. Nessas cidades, a participação dos que não têm religião — categoria que inclui os entrevistados que não seguem as práticas de nenhuma instituição, sendo ateu ou não — aumentou de 3,8% para 6,19%, o que significa um acréscimo de 62% nos dois anos analisados. A população total nessas localidades saiu de 882.072 habitantes, em 2011, para 943.737, em 2013, um acréscimo de 6,99%.
Extraído do site do Correiobrasiliense em 29/047/2013

Evangélicos correspondem a mais de 1/3 dos jovens brasileiros entre 16 e 24 anos

Evangélicos correspondem a mais de 1/3 dos jovens brasileiros entre 16 e 24 anos

Levantamento do Data Popular, realizado em maio de 2013, mostra ainda queda da juventude católica, comparando com os últimos dados do IBGE do Censo 2010

PorMaria Carolina Caiafa | Correspondente do The Christian Post

Evangélicos e protestantes correspondem a mais de 1/3 dos jovens brasileiros, segundo dados de uma pesquisa realizada pelo instituto Data Popular em maio deste ano (2013). Esses novos números apontam mudanças no perfil das religiões no Brasil se comparados com as informações colhidas oficialmente pelo Censo 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

  • religião censo
    (Fonte: IBGE)
    Censos realizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2000 e 2010 demonstram uma queda na população que se considera católica e um aumento no número de fiéis evangélicos.
O levantamento recente entrevistou 1.501 pessoas nas áreas urbanas de 100 cidades de todas as regiões do país. A margem de erro é de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.
Dos ouvidos durante a pesquisa, com idade entre 16 e 24 anos, 44,2% se declararam católicos, 37,6% protestantes/evangélicos, 6,7% de outras religiões e 11,5% afirmaram não possuir religião.
O Censo 2010 registrou um percentual de cerca de 64% de católicos entre os jovens com idades entre 15 e 24 anos, correspondendo a aproximadamente 35 milhões de pessoas. Segundo o IBGE, o percentual de católicos no país recuou de 73,6% em 2000 para 64,6% em 2010. “Estamos falando de quase 3 anos de diferença [entre os dados do Censo 2010 e do Data Popular]. Essa queda se acentuou e não parou. A pesquisa confirma essa tendência detectada pelo IBGE e confirma que a queda é mais forte entre os mais jovens do que entre os mais velhos”, analisa Renato Meirelles, presidente do Data Popular, em reportagem do portal G1.
Ele avalia ainda que “as igrejas evangélicas entraram mais fortemente nas classes C e D, que possuem o maior número de jovens, se valendo de novas formas de tecnologia e de evangelização. Hoje você vê funk gospel, samba gospel - modelos que só mais recentemente começamos ver na Igreja Católica”.
Esses são alguns desafios que o Papa Francisco enfrentará nesta semana na Jornada Mundial da Juventude (JMJ). O líder católico, que chega ao Brasil nesta segunda-feira (22), buscará se aproximar desse público jovem.
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A pesquisa do Data Popular mostrou ainda que os evangélicos são os que mais acreditam ser a religião o principal fator para melhorar de vida. Entre os cristãos, 45% concordaram com a frase “Deus ou minha fé é a principal responsável por minha vida melhorar”. Já entre os católicos, esse percentual é o mais baixo: 27%. Entre os de outras religiões, o número foi 33%.
Os católicos são proporcionalmente também os menos assíduos à igreja entre os brasileiros com 18 anos ou mais: 48% dos entrevistados afirmaram não ter ido nenhuma vez à igreja no último mês, 45% disseram ter ido de uma a quatro vezes e 7% mais de quatro vezes. Já entre os evangélicos e protestantes, 52% responderam ter ido mais de quatro vezes no mês, 34% de uma a quatro vezes e 14% nenhuma. Entre os de outras religiões, 34% foram mais de 4 vezes no último mês, 50% de uma a quatro vezes e 16% nenhuma.
A enquete mostra que nem sempre os fiéis seguem à risca o que pregam os líderes religiosos sobre os temas polêmicos como aborto, pena de morte, legalização do uso de drogas leves e acesso a direitos por casais de mesmo sexo: 15% dos evangélicos/protestantes brasileiros se mostraram favoráveis ao aborto, 32% desses disseram ser a favor da pena de morte, 12% apoiaram a legalização da maconha e 26% falaram que são a favor de casais homossexuais terem o mesmo direito de casais tradicionais.
A pesquisa do Data Popular trabalhou apenas nas áreas urbanas - que representam cerca de 85% da população - no formato de entrevista pessoal e trabalhando com amostras. Já na metodologia utilizada no Censo, um responsável pelo domicílio é quem responde o questionário pela família, e o objetivo é tentar abranger toda a população. “O pai pode achar que o filho é católico, mas o filho pode não se identificar como católico. Na forma autodeclarada procuramos identificar o quanto a pessoa efetivamente se identifica ou não com a religião”, explica Meirelles.

Pastor Silas Malafaia critica discurso do papa.

Pastor Silas Malafaia critica discurso de humildade do papa Francisco na JMJ e bate-boca com padre no Twitter; Entenda

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Pastor Silas Malafaia critica discurso de humildade do papa Francisco na JMJ e bate-boca com padre no Twitter; Entenda
No reta final da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), no Rio de Janeiro, neste final de semana, o pastor Silas Malafaia publicou diversas críticas à Igreja Católica através de seu perfil no Twitter.
Malafaia partiu da notícia de que a denominação liderada pelo papa Francisco estaria se organizando para estancar a perda de fiéis para as igrejas evangélicas no Brasil.
“A última está nos jornais de hoje: papa reúne 300 bispos para falar da perda católicos para os evangélicos. Quem esta preocupado? Tenho que [rir] kk Falar a verdade está incomodando? É recalque citar textos da Bíblia? Confrontar idéias virou inveja? Me confronte com a Bíblia ou ideias. A verdade absoluta para nós evangélicos é Jesus e não o papa. Reconhecemos que o papa é apenas o líder de uma religião, nada mais, nada menos. Estou no estado democrático de direito. Sou livre para discordar do que quiser e emitir a opinião que desejar. Se você não gosta, problema seu”, escreveu o pastor.
As publicações de Silas Malafaia desagradaram leitores de sua timeline, e o pastor passou a criticar ainda mais os que discordavam de sua opinião: “Tenho que rir, falar a verdade é ter ódio. A verdade é que tem gente que não suporta a verdade, quando ela o confronta. Deixa eu [rir] ahahahahahah Alguns católicos que não sabem discutir ideias estão atacando a minha moral. Querem respeito mas não respeitam os outros. Não estou preocupado se estou ou não agradando. O politicamente correto hoje é concordar com tudo que o papa faz ou fala. Sou livre para discordar. Incrível! As pessoas dizem que querem a democracia mas não suportam o contraditório. Graças a Deus o Brasil não tem religião oficial. Liberdade de expressão para todos dizerem a mesma coisa é ditadura da opinião. Pseudos democráticos aprendam a viver com opiniões contrarias”, retrucou o pastor.
twitter pastor silas malafaia
Em dado momento, Malafaia foi mais incisivo em suas críticas à Igreja Católica e ao discurso de simplicidade do papa Francisco: “Já que estão apelando para calúnia e difamação, não vou usar esse expediente. Segura algumas verdades para calarem a boca. [...] O Vaticano possui uma das maiores reservas de ouro do mundo. Os bilhões de dólares fraudados do banco do Vaticano dirigido por cardeais… milhões e milhões de reais de ofertas e dizimo de católicos enviados para cobrir o rombo do banco. Querem falar de pastores? Calem a boca. Já foram no Vaticano para ver a pobreza que é? Eu já estive lá. Calem a boca para falar de pastor. Conversa fiada de pobreza”, publicou Malafaia, que é defensor da teologia da prosperidade.
Nesse ponto, o padre Roger Luis reagiu e lamentou a postura de Silas Malafaia, dizendo que suas palavras incentivavam o confronto: “Querido irmão, infelizmente sua postura é lamentável. Mas a vida continua, o caminho de Cristo é o da Cruz. Deus sonda os corações, deixemos os julgamentos para Ele. O mais importante é que as palavras do Papa alcançaram os corações!”, observou.
twitter padre roger luis
Malafaia respondeu aos tweets do padre com mais ataques: “Não gosta do que falo, porque me acompanha? Cai fora se não gosta do contraditório. Se me acompanha e me acha inescrupuloso, você é pior do que eu. Olha a nossa preocupação: segundo o IBGE, nós, os evangélicos em 2020 serão maioria no Brasil. Como estamos preocupados, deixa eu [rir] kkkkkkk O único país do mundo onde os 3 últimos papas estiveram foi o Brasil. Somos nós que estamos preocupados? Deixa eu rir mais um pouco kkkkkkkkk”, ironizou o pastor.
Incomodado com a postura agressiva de Silas Malafaia, Roger Luis voltou a afirmar que o pastor estava adotando uma postura equivocada: “Deveria ser um tempo de unidade para derrubarmos as forças do mal na política abortista, e o que vemos é expressões de divisão! Que bom pastor, o IBGE é o Espírito Santo, agora é ele que define as coisas e não Deus? Faz-me rir irmão! Quem define as coisas no Reino Espiritual não é o IBGE irmão, mas o Espírito Santo, o Deus Todo-Poderoso. Ele nunca erra!”, disse o padre.
Depois, sem mencionar diretamente o pastor Silas Malafaia, o padre falou de forma mais abrangente sobre a questão: “Me pergunto se existe diferença no protesto das ‘vadias’ e de alguns que estão criticando a Igreja e o Papa? Percebo que é o mesmo espírito. Saibamos discernir os espíritos, já nos alertava S. João, sobre o discernimento! É hora de diferenciar os lobos e os pastores! Seja sincero! Fiquemos com a mensagem de amor, paz, unidade, conversão, capacidade de lutar contra a corrente, do nosso Pastor, o Papa Francisco. Os incomodados que se convertam, nós vamos incomodar ainda mais com a luz e a força do Evangelho, do perdão, do amor! É um novo tempo!”, afirmou.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+