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segunda-feira, 31 de março de 2014

10 erros que os jovens não podem cometer



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10 erros que os jovens não podem cometer

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10 erros que os jovens não podem cometer
1. NÃO LEVAR A SÉRIO A LEI DA SEMEADURA. (Gl 6:7)
A) Semear é opcional, colher é obrigatório.
B) Tudo na vida é uma questão de semeadura.
C) Quem semeia honra colhe longevidade.
D) Palavras são sementes que lançamos no solo do coração da pessoas.
2. DAR MAIS VALOR À APARÊNCIA FÍSICA, DO QUE PARA A BELEZA DO CARÁTER. (1 Pe 3:2-4)
A) Não basta ter casca, mas não ter conteúdo.
B) Não basta ser aplaudido pelos homens, e não ser aprovado por Deus.
C) Quem você é, é mais importante do que aquilo que você faz.
D) Talento é um dom, caráter uma escolha.
3. NÃO PROTEGER A ÁREA DA SUA VIDA QUE É MAIS VULNERÁVEL AO PECADO. (Mt 26:41)
A) Sansão terminou sua vida de forma trágica, porque brincou onde não deveria brincar. Sansão flertou com o pecado, brincou com a tentação.
B) Ele não protegeu seu ponto fraco.
C) Qual é o seu ponto fraco, comer demais, falar demais, o sexo ilícito, o temperamento, a Ira, o dinheiro, a pornografia etc…
4. NÃO TER COMPROMISSO COM UMA LISTA DE PRIORIDADES ORDENADAS. (Mt 6:33)
A) O que deve vir em primeiro lugar na vida de alguém que nasceu de novo, que serve ao Senhor?
B) Diz a Palavra: “Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus…”
5. NÃO INVESTIR NO SEU FUTURO.
A) Quem pensa só no momento, amanhã sofrera com a dor do arrependimento.
B) Planejar significa pensar antecipadamente.
C) Quem investe no seu futuro, tem visão, sabe aonde quer chegar, tem objetivos na vida.
6. NÃO INVESTIR NO SEU CRESCIMENTO PESSOAL.
A) Quem escolhe a mediocridade, não se destaca e sua história nunca será contada.
B) Não há crescimento sem pré-disposição para as mudanças necessárias.
C) Não há crescimento sem a dor da disciplina. Aceite a dor da disciplina para não chorar com a dor do arrependimento.
7. FAZER PORQUE TODOS ESTÃO FAZENDO. (1 Co 10:23)
A) Quem faz só porque todos estão fazendo, não tem opinião própria e nem personalidade.
B) Suas decisões revelam qual é o seu código de valores.
C) Seu código de valores revela a qualidade do seu caráter.
D) O jovem que tem um caráter cristão decide sempre com base em princípios, ainda que a maioria esteja fazendo, se é contra as escrituras ele não faz.
8. NÃO PERDOAR OS PAIS… (Mt 18:21,22)
A) Pais ausentes. (Nunca tem tempo para os filhos.)
B) Pais agressivos (Ele passou a cueca suja no rosto do filho. )
C) Pais que foram infiéis. (Ela pegou a mãe beijando outro na cozinha.)
D) Pais que abandonaram. (O pai foi embora, sem Dar satisfação à ninguém.)
E) Pais que são homossexuais. (A mãe abandonou o pai e foi morar com outra mulher.)
F) Pais que abusaram dos filhos física ou psicologicamente. (Com 7 anos ela foi abusada pelo pai.)
G) Pais alcoólatras – (Meu pai FICA irreconhecível quando chega embriagado.)
Quem não perdoa:
· Destrói a Ponte que um dia vai precisar usar.
· Desenvolve um câncer na alma.
· Nunca vai experimentar o milagre da transformação em sua Casa.
· Coloca-se debaixo da Ira de Deus.
· Não tem Paz.
· Abre uma brecha enorme na alma para a depressão.
· Não tem suas emoções conquistadas.
· Diz não para Deus e sim para o diabo.
· Vive como um prisioneiro dos sentimentos negativos.
9. SEMPRE TRANSFERIR A CULPA PARA ALGUÉM, NUNCA ASSUMINDO RESPONSABILIDADE. (Gn 3:10-13)
A) A sua vida é o resultado das escolhas que você faz.
B) Ninguém pode decidir por você.
C) Quando transferimos toda culpa para o diabo, não sentimos necessidade de mudar.
D) Não há mudança quando a pessoa não reconhece que precisa mudar.
10. NÃO TER PARCEIROS DE ORAÇÀO E NEM CONSELHEIROS .
A) Daniel, Ananias, Misael e Azarias eram parceiros de oração. (Dn 2:17,18)
B) Um conselho pode nos livrar do caminho da morte. (Pv 16:25; Pv.12:15; Pv 27:9).
C) A Bíblia diz que o cordão de três dobras não se quebra com facilidade. (Ec 4)
Por Pr. Josué Gonçalves
Fonte: Estudos Cristãos
fonte: www.gospelmais.com.br

Big Bang apoia criação bíblica

Big Bang apoia criação bíblica

por Artigo compilado - dom mar 30, 12:08 am
big bang universo
Big Bang apoia criação bíblica, junto com a descoberta de onda gravitacional. ‘A Bíblia foi a primeira a prever a cosmologia do Big Bang’, relata especialista
Alguns cristãos especialistas em ciências acreditam que a descoberta da “onda gravitacional”, anunciada no início dessa semana, por cientistas que trabalham no telescópio BICEP2 (Imagiologia de Fundo de Polarizão Cósmica Extragalática 2) localizado no polo sul, confirma o relato bíblico da criação, ao amparar a teoria do “Big Bang”.
“A Bíblia foi a primeira a prever a cosmologia do Big Bang”, de acordo com Hugh Ross, presidente e fundador do Reasons to Believe, uma organização de criacionismo de Terra antiga que acredita que cristianismo e ciência são complementares.
Em uma entrevista ao Christian Post (CP) no último dia 18 de março, Ross explicou que a detecção de ondas gravitacionais resultantes da rápida expansão do universo, teoria denominada como “inflação”, mostra que, “quando o universo tinha um trilionésimo de trilionésimo de segundo de idade, ele dilatou mais rápido que a velocidade da luz.
Essas ondas gravitacionais são um tipo específico de flutuação quântica – pequenas ondulações no tecido do espaço-tempo – que mostram quão rápido a luz se espalhou e o universo aumentou.
As ondas parecem sugerir que o universo se expandiu a uma velocidade maior do que a velocidade da luz por uma fração de segundo, um fato que Ross afirma ser essencial para a formação da vida humana.
“Se o universo é termodinamicamente conectado, ele não tem a homogeneidade e uniformidade necessária para a vida ser concebível”, disse Ross.
Ele segue explicando que se o universo é muito velho ou se esfria muito rápido, as estrelas necessárias para se ter formas de vida avançadas vão se esgotar, antes que a vida possa aparecer.
Ross argumenta que os seres humanos estão no “fim da linha”, pois não vão demorar muito até que o sol se torne muito quente para qualquer tipo de vida na Terra”. Ele completou dizendo que o universo inteiro é “hostil diante de formas de vida avançadas, exceto no planeta Terra”, e mesmo a Terra seria hostil se o universo não tivesse se expandido dessa maneira.
Leslie Wickman, diretor do Centro de Pesquisa em Ciências da Azusa Pacific University, disse ao CP na terça que, “a evidência para o Big Bang, geralmente, nos diz que houve um início”, e “se houve um início, pela simples lógica de causa e efeito, deve ter havido um agente desse início”.
Wickman também acredita que a teoria do Big Bang concorda com a cosmovisão cristã.
“Uma das minhas paixões na vida é fazer as pessoas entenderem que não precisamos ter de escolher entre ciência ou fé. Você pode ser um bom cientista e um cristão fiel”, acrescentou Wickman.
Stephen Meyer, diretor do Centro de Ciência e Cultura no Discovery Institute, e autor do best-seller “A dúvida de Darwin: A origem explosiva da vida animal e o caso para o design inteligente”(tradução livre), disse ao CP que ele também acredita que a “teoria do Big Bang dá suporte ao entendimento bíblico da criação”.
“Se você olhar para a história científica, a teoria que persistiu antes do Big Bang foi a teoria do universo estático, que, se enquadra bem com a famosa frase de Carl Sagan que ‘O universo é tudo que foi, tudo que é, e tudo que vai ser’”, segundo Meyer. Ao sugerir um início concreto, o Big Bang aponta pra a criação, ao invés de um universo eterno, como proposto por Sagan e apresentado na sua nova série “The Cosmos”.
Meyer ainda sugere que a recente evidência da chamada inflação corrobora com a descrição da escritura de um universo em expansão.
“Vemos repetidamente no Velho Testamento, tanto nos Profetas quanto nos Salmos, que Deus está espalhando ou ainda, estendeu os céus”, afirma. Ele ressalta que existem “pelo menos uma dúzia de referências” a essa ideia na Escritura.
“O Espaço expandiu rapidamente, e essa é uma evidência adicional apoiando a ideia da inflação”, disse ele, referindo-se ao estudo.
Nem todos os cristãos que praticam ciência, no entanto, acreditam que o Big Bang suporta o relato bíblico da criação.
Danny Faulkner, professor de astronomia no Creation Museum, e que possui um pHD na área, disse ao CP que “Meu problema com o Big Bang é que ele não é bíblico”.
Ele pensa em uma interpretação literal, com dias de 24 horas de Genesis 1, e afirma que o universo tem apenas 6.000 anos, enquanto o modelo do Big Bang estima uma idade para o universo de aproximadamente 13,8 bilhões de anos.
“Na Bíblia, vemos que a Terra estava lá desde o início, as estrelas vieram depois”, disse ele.
Ele também sugere que os cristãos não deveriam tentar misturar a cosmovisão bíblica com descobertas científicas, pois a ciência muda frequentemente.
“Quando só cristãos tentam incorporar o pensamento cristão nas teorias vigentes, o paradigma muda e traz descrédito a Palavra”, observa.
Faulkner mencionou a Revolução de Copérnico, a descoberta científica de que a Terra gira em torno do Sol, como um exemplo do que acontece quando os cristãos tentam incorporar ciência na leitura da Escritura. Quando Galileu desafiou a ideia de que o Sol gira em torno da Terra, a cristandade pareceu tola por acreditar no contrário.
“O problema é que as pessoas estão tentando interpretar a Bíblia em termos do entendimento humano da cosmologia, ao invés de fazer ao contrário”, explicou Falkner.
Ele ainda aponta que a descoberta das ondas gravitationais pode ser resultado da necessidade da inflação para o modelo do Big Bang.
“Se a inflação não ocorreu, então o modelo do Big Bang está em grandes apuros”, então existe uma pressa no julgamento dessa questão para muitas pessoas”. Faulkner leu o relatório, e conta que “eles estão basicamente argumentando que ‘achamos que encontramos isso’, o que não é a mesma coisa que dizer que nós definitivamente encontramos”.
Os experimentos, ele notou, eliminaram uma hipótese contra o modelo da inflação que não prova que a inflação aconteceu.
Em resposta, Meyer declarou que entende a nota de aviso, mas acrescentou que “A defesa de um universo finito vem crescendo e crescendo desde o início do século 20″. Ele também indica que “é realmente estranho para pessoas com uma perspectiva Criacionista negar uma teoria que diz que o universo veio do nada”.
Ross também citou a Escritura para argumentar contra a visão literal de seis dias de 24 horas, mencionando Hebreus 4, João 5 e o Salmo 95 para suportar a sua ideia de que a humanidade está vivendo no sétimo dia da criação.
De acordo com Genesis 1, Deus fez o Homem, macho e fêmea, no sexto dia. Ross acredita que isso significa que o dia sexto foi um longo período de tempo porque, Genesis 2 narra que Adão cuidou do jardim, deu nome aos animais e percebeu que estava sozinho antes de Deus criar Eva.
Meyer também aponta que três grandes descobertas cientificas no último século sustentam a narrativa bíblica para a criação: O Big Bang, que diz “o universo teve um começo”, o “ajuste fino do princípio antrópico”, que afirma que as regras da matéria funcionam de maneira mais adequada para a vida humana, e das propriedades de condução de informação do DNA, que evidencia que os elementos da base da vida têm algum tipo de conhecimento.
E ele também comentou em seu artigo ” A volta da hipótese de Des” (tradução livre) no qual ele explica que somente o teísmo, e não o deísmo, panteísmo ou materialismo podem explicar essas novas descobertas.
Meyer reiterou sua crença, de que os cristãos devem usar seu melhor conhecimento científico e seu melhor entendimento da Bíblia para reconciliar os dois.
Por: Tyler O’Neil
Extraído do site christianpost.com em 29/03/2014

Crença no sobrenatural já é mais comum que “fé em Deus”

Crença no sobrenatural já é mais comum que “fé em Deus”

Estudo revela como gerações mais jovens são influenciados por seriados e livros
por Jarbas Aragão

Crença no sobrenatural já é mais comum que “fé em Deus”Crença no sobrenatural já é mais comum que "fé em Deus"
O lançamento do seriado Believe, que conta a história de uma menina com poderes paranormais, foi acompanhado por uma campanha de marketing diferenciada na Inglaterra. Juntamente com o material promovendo a produção americana, foi divulgada uma pesquisa bastante controversa.
O ponto central é: acreditar no sobrenatural é o mesmo que ter fé em Deus? Mais da metade dos entrevistados afirmou que dão crédito ao sobrenatural (ou superstição), enquanto apenas 49% diz acreditar em Deus
O fenômeno parece não ser exclusivo entre os britânicos. A pesquisa indica que a maioria das pessoas é mais propensa a ter fé no sobrenatural do que no Deus da Bíblia. Da mesma forma, mais pessoas acreditam que têm poderes extraordinários, como um sexto sentido, do que as que vão regularmente à igreja.
Realizado pelo Instituto One Poll, o estudo entrevistou 2.000 adultos. Foram feitas perguntas sobre suas crenças de maneira geral. O resultado surpreendeu a muitos.
55% dizem que é possível ter fé no sobrenatural, e isso não inclui o Deus cristão;
33% considera-se supersticioso, evitando fazer ou dizer coisas que possam trazer “má sorte”, embora não saibam dizer por que;
29% acreditam que podem ver o futuro de alguma forma,
23% afirma ser capaz de usar a força da mente;
10% defende que os serem humanos têm poderes sobrenaturais.
Práticas como consultar o tarô ou procurar médiuns são amplamente aceitas como uma maneira de exercer a espiritualidade. É curioso o fato de a maioria dizer que “sabe” dessas coisas por que aprenderam sobre isso na TV, em filmes ou com celebridades. Uma grande fatia da programação nos últimos anos é dedicada a seriados que retratam vampiros, lobisomens, bruxas, e seres sobrenaturais em geral.
Eles possuem um público cativo e programas como True Blood e Supernatural alcançaram um sucesso expressivo entre os adolescentes. O mesmo vale para sucessos da literatura como Harry Potter e Crepúsculo, que ajudaram a criar um geração de autores dedicados a temas que envolvem temas espirituais inseridos no cotidiano moderno.
Os números podem ser restritos aos ingleses, mas refletem o que ocorre numa Europa cada vez mais “pós-cristã”. Ao mesmo tempo que apenas 8% dos seus habitantes afirma ir regularmente à igreja, a religião que mais cresce no continente europeu é o islamismo.
Os índices decrescentes da fé em Deus não os impede de reafirmar sua fé de outras maneiras, ou seja, vale a máxima “o importante é crer”.
O Dr. Giles Fraser, teólogo anglicano, afirmou ao jornal Daily Mail que acha “divertido” ver que aqueles que rejeitam com mais fervor a religião cristã muitas vezes são os seguidores mais ávidos de superstições. “É certamente mais fácil acreditar nisso do que… pensar que darão contas a um Deus”. Com informações Daily Mail.

Ateus distribuem material antirreligioso em escolas primárias

Ateus distribuem material antirreligioso em escolas primárias

Decisão judicial abre precedente para ensino do ateísmo em escolas
por Jarbas Aragão

Ateus distribuem material antirreligioso em escolas primáriasAteus distribuem material antirreligioso em escolas primárias
Durante décadas os evangélicos tiveram liberdade para distribuir exemplares da Bíblia e literatura cristã nas escolas norte-americanas. O ministério mais conhecido a fazer isso é os Gideões Internacionais, que tem representantes no mundo todo.
Na última década uma série de leis estaduais e brigas jurídicas impediram que esse tipo de trabalho continuasse acontecendo em muitos Estados americanos e em outros países. Agora, uma decisão da corte pode abrir um novo precedente.
O grupo ateísta Tri-State Freethinkers ganhou o direito de distribuir literatura antirreligiosa em escolas de ensino primário usando a mesma premissa que possuem os Gideões.
Na sexta-feira passada, o grupo foi autorizado a entregar exemplares do livro Humanismo, que é isso: Um Livro para Crianças Curiosas, escrito por Helen Bennett.  Escrito em linguagem acessível ao público infantil e cheio de ilustrações coloridas, seu foco são crianças de primeira à quarta série.
Alguns pais cristãos já expressaram sua contrariedade. Carmen Foster, cujos filhos estudam numa escola pública cogitou não deixar os filhos em casa na sexta-feira ao saber da decisão. “Eu trabalho duro todos os dias da minha vida como uma mãe para ensinar meus filhos no que nós acreditamos”, declarou.
Porém, mudou de ideia e deixou as crianças trazerem o material para casa “Quer queiramos ou não, nossos filhos vivem neste mundo. Eles vão se deparar com esse tipo de situação. É uma boa oportunidade para ensiná-los a lidar com isso”, justifica.
O Tri-State Freethinkers teve o apoio da União Americana pelas Liberdades Civis para fazer a distribuição. O principal argumento é a separação constitucional entre Igreja e Estado. O grupo agora deseja ampliar seu alcance para outros Estados. Com informações Raw Story

sexta-feira, 28 de março de 2014

A Igreja sob risco? (Artigo)

A Igreja sob risco?

Projetos de leis e ideologias de matriz secular compõem um panorama de enfrentamento à fé cristã.

A Igreja sob risco?
A fé cristã está sob risco no Brasil. Este é o alerta proclamado por líderes religiosos, igrejas, entidades cristãs, organizações confessionais e milhões de pessoas para quem, em um futuro próximo, as liberdades individuais – aí incluída a religiosa, insculpida como direito fundamental no artigo 5º da Constituição –, podem ser severamente afetadas. Não se trata do risco de uma ruptura institucional, como uma revolução, ou a possibilidade de guinada rumo a um regime avesso ao Cristianismo, como o foi o comunismo ao longo de boa parte do século 20. Não; as mudanças que têm ocorrido são perfeitamente legais, já que baseadas em processos legislativos previstos no Estado democrático de Direito. É aí que mora o perigo. Atualmente, tramitam no Congresso Nacional e em diversas Casas parlamentares estaduais e municipais uma série de projetos que, à primeira vista, visam apenas a promover o desenvolvimento de uma sociedade mais justa, pluralista e laica. Porém, alguns desses dispositivos podem não só interferir na expressão individual da fé como flexibilizar questões polêmicas para os cristãos, como a prática do aborto e o consumo de entorpecentes, além de introduzir novos entendimentos da ideia de família, dignidade humana e ética cristã – alguns dos quais, inconciliáveis com a Palavra de Deus.
A coisa não para por aí. O conjunto de projetos, propostas e substitutivos legais em tramitação nos Legislativos federal, estaduais e municipais mostra que o funcionamento das instituições religiosas também pode sofrer alterações, sobretudo em relação ao controle sobre os valores arrecadados e o uso desses recursos. As preocupações aumentaram a partir da tramitação do Projeto de Lei (PL) 122/06, a famigerada lei anti-homofobia, que acendeu a centelha de temores em amplos setores católicos e evangélicos. No texto original, ao tipificar como crime o cerceamento das liberdades da pessoa homossexual, a proposta abria margem para que um gay pudesse exigir de um pastor ou padre ser batizado, casado e recebido como membro da comunidade cristã nessa condição, ainda que isso contrarie os princípios da instituição. Os ministros poderiam ser processados, caso suas prédicas contra a homossexualidade fossem consideradas discriminatórias, ainda que baseadas na própria fé e moral cristã.
No dia 20 de novembro, a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado Federal votaria o substitutivo apresentado pelo relator da matéria, o senador gaúcho Paulo Paim, do PT. Com a sala lotada de pastores, representantes de entidades religiosas e políticos evangélicos, a proposta foi retirada de pauta. Houve um acordo entre Paim e as lideranças religiosas para tentar um maior entendimento em torno do texto final. É algo que parece impossível de se conseguir. Em tramitação há mais de 12 anos, o projeto, originado da Câmara dos Deputados, é uma amostra da queda-de-braço entre o segmento religioso e o Legislativo quando o assunto são temas ligados à moral e aos costumes. Tem sido assim desde que a Igreja começou a assumir destaque como ator político, a partir da Assembleia Nacional Constituinte de 1986. Organizados em bancadas religiosas suprapartidárias, parlamentares evangélicos e católicos deixam de lado suas diferenças teológicas para atuar em uma convergência de interesses.
Variadas esferas da vida pública têm sido afetadas nos últimos anos por uma série de iniciativas. A questão dos direitos e liberdades individuais e coletivos, por exemplo. Nas grandes cidades brasileiras, antigas práticas evangelísticas, como cultos ao ar livre e a simples distribuição de folhetos, têm sido cerceadas em nome de ordenamentos municipais. Já não se permite, nos trens suburbanos do Rio de Janeiro, a pregação da Palavra de Deus, sob a justificativa de que provoca incômodo e "constrangimento" aos adeptos de outros credos. "Existe um patrulhamento ideológico difuso, incentivado, por um lado, pelo Estado; e por outro, por setores organizados da sociedade, notadamente antipáticos ao Cristianismo", aponta o teólogo Paschoal Augusto Rheinner, membro da Igreja Metodista em Porto Alegre (RS), onde exerce o magistério cristão. Para ele, essa tendência tem se acentuado nos últimos anos. "Ao mesmo tempo em que o país desperta para agendas positivas, como o combate à discriminação de minorias e a valorização dos direitos humanos, ocorre um retrocesso quando vemos os poderes constituídos se envolvendo em questões que não lhe competem."
Segundo o teólogo, tem havido confusão entre os conceitos de laicidade e laicismo. "Estado laico é aquele que não tem ligação com qualquer confissão e assume uma posição de neutralidade perante as religiões, embora possa colaborar com elas em ações que visem ao bem comum", explica. "Nele, os professantes de qualquer crença, assim como os agnósticos e os ateus, têm respeitado seu direito de expressão". Já o laicismo, continua, é uma ideologia na qual a religião é vista de forma negativa. "Segundo o filósofo alemão Jürgem Habermas, uma autêntica democracia leiga estimula as instituições religiosas a que divulguem suas mensagens, oferecendo à sociedade matéria de reflexão de forma equânime". Rheinner entende que existe uma pressão política no sentido do laicismo, inspirada, entre outros, no modelo francês. "Desde o governo do socialista François Miterrand, nos anos 1980, a França tem caminhado nesta direção, proibindo por lei que cidadãos ostentem adereços pessoais que remetam à sua crença, como véus islâmicos e crucifixos". No Brasil, ele lembra o caso da terceira versão do Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3), que embute a determinação de se desenvolverem mecanismos para impedir a exibição de ostentação de símbolos religiosos cristãos em estabelecimentos da União. "Isso é uma compreensão equivocada do que se entende por laicidade. Tais símbolos não ofendem a liberdade religiosa de ninguém. Eles são elementos da nossa história, cultura e tradição."
"ABERRAÇÃO JURÍDICA"
"O que está em jogo, no Brasil, é a continuidade da democracia que tanto prezamos", receia o pastor Stênio de Oliveira, da Comunidade Cristã dos Discípulos de Curitiba (PR). "Quando se fala em punir um pai que corrija seu filho com uma palmada ou submeter a escrutínio externo as contas de uma igreja, que por força constitucional são imunes à interferência estatal, é razoável o temor". O pastor tem veiculado artigos nas redes sociais, alertando a sociedade em relação a uma escalada de pressões sobre o Cristianismo e seus valores no Brasil, incluindo aqueles restritos à esfera pessoal – caso do PL nº 7672/10, popularmente denominado como lei da palmada, que estabelece que os pais podem perder o poder familiar e até sofrer processos legais caso "pratiquem violência física" contra os filhos. "Isso é uma absurda tentativa de intromissão do Estado sobre questões de foro íntimo, típica de sistemas de governo autoritários". O mais perigoso, sustenta Oliveira, é que as regras são relativas, jogando sua interpretação e aplicação ao pantanoso terreno da subjetividade.
"No momento em que, mundialmente, advoga-se a tese do direito penal mínimo, isto é, uma diminuição dos tipos de conduta que se caracterizam como delito, o governo federal fomenta e investe na aprovação de um projeto de lei que, na sua primeira versão, chegou a prever a prisão de pastores que pregassem que a homossexualidade é pecado", critica o advogado Uziel Santana, presidente da Associação Nacional de Juristas Evangélicos e membro da Igreja Batista Betel, em Aracaju (SE). "O projeto ainda previa o fechamento de igrejas por até três meses. Isso é realmente preocupante, além de constituir uma aberração jurídica."
Doutorando em História do Direito pela Escola de Autos Estudos em Ciências Sociais de Paris, na França, Santana entende que o cenário legal do país ainda está sob a égide do conjunto de liberdades civis fundamentais conquistadas na Constituição Federal de 1988 – entre estas, destaca, a liberdade religiosa, de culto e de expressão. "Com a ascensão ao poder de um partido de esquerda, porém", assevera, "esse modelo democrático de liberdades passou a sofrer sérias tentativas daquilo que denominamos de capitis deminutio, isto é, relativização e ruptura. Vivemos, hoje, na chamada sociedade pós-cristã ou pós-moral, como preferem filósofos como o francês Gilles Lipovetsky, o que na Europa já está muito claro e definido. Há uma espécie de individualização ou internalização da fé, que outrora era expressa normalmente nas esferas institucionais e comuns da sociedade". Para Uziel Santana, o resultado disso é a supressão gradativa das manifestações públicas da fé. "Pelo que tenho visto nos discursos acadêmicos e na atuação de instituições como o Supremo Tribunal Federal, assim o será também no Brasil. Um simples exemplo para ilustrar esse percurso histórico é a impossibilidade que um jogador de futebol cristão tem hoje de, ao marcar um gol, comemorar mostrando uma camisa com frases em louvor a Deus. Isso já é considerado politicamente incorreto."
É preciso reconhecer que alguns exageros têm sido cometidos. A história recente do país mostra que iniciativas que supostamente causariam danos à fé cristã ou ao livre funcionamento das igrejas não acarretaram efeitos tão nocivos. Com o tempo, o que acabou acontecendo foi uma adaptação até mesmo benéfica. A Lei nº 6.515, de 1977, foi um bom exemplo. Anunciada como grave ameaça à família brasileira, a lei do divórcio foi satanizada dos púlpitos como tentativa maligna de destruir a família brasileira. Colaborou para isso o fato de que a separação conjugal era um tabu entre os evangélicos da época. Só que, com a entrada em vigor do novo dispositivo, a questão passou a ser vista sob novos ângulos, e a admissibilidade do divórcio em certos casos passou a ser uma realidade para muitas denominações. A partir dali, inúmeros crentes – pastores, inclusive – resolveram pôr fim a casamentos em crise, até então mantidos apenas por conveniência social. Há pouco mais de dez anos, a entrada em vigor do novo Código Civil (Lei nº 10.406) também assustou os evangélicos, que temiam ingerências no funcionamento das igrejas. Temeu-se até mesmo que templos seriam fechados e que os membros que transgredissem normas internas não mais pudessem ser disciplinados. Não se tem notícia de que uma única igreja tenha sido impedida de funcionar. O que se viu foi uma corrida pela modernização dos estatutos eclesiásticos à luz da nova legislação.
"Creio que a Igreja deve tomar cuidado com os que exageram nas propagandas contra projetos de lei natimortos em sua origem", opina o pastor presbiteriano André Mello. "Tenho muito mais preocupação com as leis de zoneamento urbano, que sempre foram injustas ao privilegiarem o catolicismo. O mesmo ocorre em relação às legislações contra emissão de ruído, seletiva para as igrejas e permissiva com as casas de shows". Ele critica o desconforto exagerado com algumas leis e a desatenção – ou simples desconhecimento – em relação a outras. "O fim da autonomia universitária, a restrição à liberdade de comunicação, o cerceamento da autonomia do mestre em sala de aula, a doutrinação das crianças com conceitos errôneos e a proibição de visitas hospitalares, bem como a vedação da reunião em condomínios e a supressão da educação confessional, são muito mais danosas, pois indicam uma tentativa de o Estado dar prosseguimento à nossa cultura autoritária de efetivo controle sobre o espaço do pensamento e a propriedade privada."
DESCONSTRUÇÃO
Uma conjuntura de fatores tem colaborado para alimentar uma crescente má vontade institucional contra os evangélicos, o que se reflete em tentativas de enfrentamento. A presença do deputado Marco Feliciano (PSC-SP) na presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDH) da Câmara dos Deputados foi uma espécie de estopim para arroubos de intolerância religiosa explícita. Conduzido ao cargo em fevereiro passado por uma negociação que envolveu a base parlamentar do governo, o deputado, eleito com 200 mil votos e pastor da Assembleia de Deus Catedral do Avivamento, igreja neopentecostal de São Paulo, sofreu todo tipo de ataques, nos quais se questionou até mesmo sua sexualidade. Tudo seria apenas por conta de suas posturas conservadoras e de declarações consideradas agressivas contra negros e gays – como quando disse que a homossexualidade é uma podridão e a Aids, uma doença gay? Há quem afirme que não. "Minha visão é que existem dois componentes explosivos no caso Feliciano. Primeiro, o fato de ele ser evangélico. Segundo,ter escolhido uma comissão que sempre foi um feudo dos gays", avalia o consultor legislativo do Senado Federal Rubem Amorese, crente presbiteriano e presidente da Missão Social Evangélica. "A CDH sempre foi deles, e dali o movimento homossexual emanava suas ideias, visões e orientações para toda a sociedade". Não por acaso, os maiores ataques a Feliciano partiram de grupos da militância gay e de adversários políticos como o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), que chegou ao Congresso empunhando a bandeira do arco-íris.
Réu por estelionato em uma ação penal e investigado em inquérito por discriminação, além de suspeito de usar o mandado em benefício de sua organização religiosa, Feliciano tornou-se mais conhecido como um brucutu homofóbico. Porém, a rejeição seria a mesma, caso o cargo na CDH fosse ocupado por qualquer outro evangélico, segundo Amorese. O mesmo sentimento, aliás, expresso contra qualquer posicionamento mais ruidoso da Igreja em relação a temas como a união civil homoafetiva, já que existe grande resistência evangélica à equiparação de parcerias entre dois homens ou duas mulheres ao casamento convencional. "Na verdade, os projetos sobre 'casamento gay' são bem antigos", continua Amorese. "Mas percebo uma mudança crescente nos últimos dez anos, e ela parece-me ligada à presença do PT no governo. O jeitão ideológico de donos da verdade é bem visível. Da forma de cultivar um jardim à questão gay, eles sabem de tudo e impõem esse saber à sociedade, seja em forma de leis, seja por decisões judiciais, seja publicando cartilhas para estudantes."
A reportagem tentou ouvir o ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, mas as perguntas enviadas à sua assessoria não foram respondidas até o fechamento desta edição. A disseminação de conteúdos antifamília com patrocínio governamental é denunciada pela advogada Damares Alves. Assessora legislativa ligada à Frente Parlamentar Evangélica (FPE), ela acredita que esteja em curso um processo de destruição de valores morais na sociedade brasileira. "Movimento sociais influenciados pela teoria da desconstrução tiveram mais influência no governo PT do que em outros. Valores cristão foram e estão sendo colocados em cheque o tempo todo". Uma das evidências desse processo, ela diz, é a distribuição, nas escolas públicas, de material didático com apologia explícita à iniciação sexual precoce e à valorização do comportamento gay. "Há, na verdade, um projeto ideológico por trás de tudo isso. Esse fenômeno precisa ser observado e acompanhado por todos", defende.
Para Damares, a liberdade religiosa no país está ameaçada. Ela cita como exemplos as restrições cada vez maiores à ação evangélica em áreas indígenas, fato que tem gerado descontentamento não apenas entre as missões como por parte dos próprios povos indígenas, que veem-se alijados de serviços que não são supridos pelo governo federal, a quem compete a política indigenista nacional. "Outra iniciativa danosa é obrigar os hospitais do Sistema Único de Saúde a fazer aborto ou distribuir a pílula do dia seguinte [N.da Redação: esse tipo de medicamento é considerado abortivo, já que interrompe o desenvolvimento de um óvulo já fecundado] a mulheres que apenas aleguem terem tido uma relação sexual não consentida. Isso vai obrigar os hospitais confessionais a se retirarem da rede pública", argumenta.
Uma das atividades da FPE é o monitoramento do movimento legislativo, identificando propostas que, de alguma maneira, possam afetar os evangélicos. "Nossa lista passa de 800 itens", diz Damares. Segundo ela, o maior desafio, hoje, é a reforma do Código Penal, através do PL 236/2012, do Senado Federal. Sob a justificativa lógica de que é preciso reformar uma legislação que remonta aos anos 1940, os legisladores querem tocar em assuntos delicados, como a redução da idade que caracteriza o estupro em uma relação sexual de 14 para doze anos. "Isso seria o mesmo que legalizar a pedofilia", protesta o deputado João Campos (PSDB-GO), um dos líderes da Frente Evangélica no Congresso, que conta com 68 deputados e três senadores. "Somos a favor de mudanças, desde que no sentido de endurecer a legislação penal para diminuir a criminalidade e a impunidade neste país", frisa o deputado. Boa parte desses parlamentares têm participado de reuniões com as presidências das duas Casas e as lideranças partidárias, no sentido de aprofundar o debate em torno do texto proposto, que foi elaborado por uma comissão de juristas sob a coordenação do ministro Gilson Dipp, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Alguns dos pontos mais combatidos pelos evangélicos são os que tratam de eutanásia, aborto, descriminalização do uso de drogas em pequenas quantidades e vários outros. "Resta saber se a proposta dessa comissão de juristas corresponde à vontade da maioria ou se só de algumas minorias. Só poderemos avaliar isso após um debate amplo, que exige mais tempo", reivindica o parlamentar. "Devo aos homossexuais o meu respeito e não sou homofóbico. Agora, é preciso ter liberdade de expressão. Por exemplo, se você descobre que a babá do seu filho é homossexual e não quer que ela oriente seu filho, já que isso vai contra o que acredita, você não pode despedi-la? Que conversa é essa?", questiona o senador Magno Malta (PR-ES).
ASSIMILAÇÃO DE VALORES
Mestre em Administração Pública e servidor público de carreira, o presidente do Instituto de Fiscalização e Controle (IFC) – entidade cujo foco é o controle de contas públicas e o combate à corrupção –, Henrique Ziller, avalia a questão de outra maneira. Na sua opinião, é fato que os valores cristãos estão ameaçados no país. Porém, ele diz que é a Igreja quem tem desprezado os principais deles. "Quais são os evangélicos que se levantam contra a injustiça, a corrupção, o extermínio dos pobres, o racismo, a falta de serviços públicos de qualidade?", indaga. "Esquecemos as lutas éticas históricas do protestantismo para defender uma agenda diminuta, que olha apenas para as questões morais e sexuais. Deixamos de lado essa herança para abraçar a agenda estreita do protestantismo fundamentalista dos republicanos norte-americanos, que jogam bomba em todo o planeta, condenam os muçulmanos ao inferno e acreditam que Deus só se importa mesmo com as questões do aborto e do homossexualismo". Ziller, defende que não existe uma rejeição ao Evangelho no contexto brasileiro – "A população, de maneira geral, já assimilou a pregação da Palavra e os valores a ela associados. Portanto, não vejo nenhum risco de que a legislação venha a impedir a pregação, até porque vivemos no país em que a própria Justiça não trabalha com leis que não "pegam".
O ponto crítico, para o fiel metodista, é a obrigatoriedade que pretende o movimento LGBT de impor que igrejas aceitem o homossexualismo tanto para a participação nas atividades comunitárias como na ordenação de pastores. "Não faz sentido algum que a lei se imponha em assuntos dessa natureza, de caráter privado das igrejas e denominações, que, na condição de associações privadas, têm o direito de definir as regras que observam ou não", advoga. "A meu ver, a força de um dispositivo legal dessa natureza é nula, de direito e de fato." Ziller vai além, e se posiciona de maneira favorável a que haja algum tipo de controle sobre os caixas eclesiásticos. "A bem da verdade, as igrejas merecem uma perseguição que ainda não aconteceu: a investigação de suas contas."
O pastor batista Clemir Fernandes, doutorando em Ciências Sociais e membro da Fraternidade Teológica Latinoamericana no Brasil, observa que as confrontações à Igreja Cristã crescem na mesma medida de seu gigantismo. "Os tempos são sempre diferentes e o desafio dessa Igreja é buscar interseções com a cultura, às vezes manifestando-se criticamente e rejeitando-a, e às vezes assimilando seus valores". Com a modernidade, prossegue, o mundo tornou-se plural, "mais religioso em alguns aspectos e mais laico em outros" - o que, para ele, tem de ser enfrentado com diálogo, e não necessariamente com oposição sem alternativas.
Fernandes lembra que, em passado recente, a situação da Igreja era bem pior, uma vez que os evangélicos não podiam construir templos, enterrar seus mortos em cemitérios públicos e eram perseguidos em muitos lugares até a metade do século 20. Em face disso, o estudioso acredita que a pregação alarmista de certos segmentos evangélicos pretende apenas a ampliação dos "próprios tentáculos", visando mais poder, seja político, econômico ou religioso. "A força da diversidade de nossa democracia supera a de qualquer movimento sectário e intolerante, seja de grupos religiosos, ateus, homossexuais ou outros. Nossa tradição histórica é o caminho do meio, dificilmente dos extremos."
FONTE: www.cristianismojhoje.com.br