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segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Artigo: Você é dominado pelo dinheiro?

Você é dominado pelo dinheiro?

Hoje, diante de várias situações que tenho visto e vivenciado, estive refletindo em cima do versículo 6:24 de Mateus, onde...
por Leandro Bueno

Você é dominado pelo dinheiro?Você é dominado pelo dinheiro?
Hoje, diante de várias situações que tenho visto e vivenciado, estive refletindo em cima do versículo 6:24 de Mateus, onde Jesus diz que não podemos servir a Deus e às riquezas. Mamon era o deus cartaginês da riqueza.
Pensando sobre isso, cheguei a conclusão de que o dinheiro em si ele é útil como meio de sustento, podendo ser tanto bom ou mau, dependendo da forma como lidamos com ele. O dinheiro pode se tornar uma verdadeira potestade em nossas vidas, espiritualmente falando, quando o idolatramos e a idolatria, a meu ver, começa a se externalizar na forma como nos relacionamos com nossos irmãos, se baseado em um amor desinteressado ou tendo o dinheiro como critério diferenciador.
No Brasil, por exemplo, vivemos em diversas áreas, uma extrema pobreza, mas, isso não significa que estamos livres do materialismo. Pelo contrário. Muitos de nós anseia pelo conforto material que vemos na mídia, um consumismo que não acaba. Quantas pessoas têm inúmeros objetos que nunca usaram ou usarão, mas, que foram condicionadas a comprar, em face do sistema em que vivemos ? Uma grande agressividade interiorizada.
Esse anseio por riquezas materiais serve como uma espécie de combustível para a famigerada heresia da Teologia da Prosperidade, por exemplo, que vemos em inúmeros templos e que tem desgraçado a espiritualidade de muitos.
Um outro exemplo que pensei hoje foi ao ler um artigo de uma psicanalista, onde ela comentava os casais, onde, às vezes, uma das partes é a que coloca dinheiro em casa ou ganha bem mais, e a outra depende deste cônjuge.
Se não bem trabalhado isso, podemos começar a ver situações em que aquele cônjuge que ganha mais começa a desdenhar o outro, como se este último desempenhasse atividades “menos nobres” (e.g.: fazer compras no mercado, cuidar da escola dos filhos, etc.) e o sustento financeiro fosse a “mais nobre”. Ledo engano.
Com isso, cria-se um ciclo vicioso da pessoa que depende da outra achar que está sempre em eterno estado de dívida e contabilidade, se colocando em uma situação de inferioridade, que se retroalimenta a cada dia, o que não raramente contribui para muitas brigas e até divórcios.
Outra situação que vivencio com tristeza no nosso país, ainda mais sendo cristão e sabendo do mandamento de Jesus que nos diz para não fazermos acepção das pessoas (Tg. 2:9), é como muitas vezes, aqueles limpadores, empregados braçais, etc., que estão sempre do nosso lado, passam como “seres invisíveis”, por não terem a mesma condição financeira.
A coisa chega a ser tão enraizada dentro de nós que achamos mais do que natural a existência de elevadores para apenas determinado tipo de pessoas e os empregados que procurem o seu. Talvez seja algo muito parecido, com as devidas ressalvas, ao racismo que víamos em estados sulinos nos Estados Unidos, onde havia locais que eram dedicados apenas para os “colored” (os de cor), e onde brancos não entravam e vice-versa.
Neste contexto, diz um ditado que você quer ver o caráter de alguém, veja como ele trata alguém que é “inferior. Pessoalmente, eu busco sempre cumprimentar a todos e mostrar estima e fico impressionado como muitas destas pessoas mais humildes se espantam com tal consideração, como se eu estivesse a fazer algo “incrível”, quando deveria ser visto como algo banal demais em um mundo ideal.
Mas, mesmo diante do que disse, essa questão do dinheiro já também trouxe muitas tristezas a mim, quando meu foco não estava em Jesus. Tenho um pai que estranhamente nunca me deu nenhum tipo de presente pessoalmente ao longo de toda minha vida. Falo estranhamente, porque nunca perguntei o porquê disso, ainda mais ele tendo uma situação financeira boa.
E aquilo foi criando no meu interior, desde muito pequeno, raízes grandes de amargura e rancor, a ponto de durante um determinado período da minha vida, não ter querido contato, apesar do mandamento que sempre martelava em minha cabeça de honrar o pai e a mãe (Êxodo 20:12). Apenas, em Jesus, tenho progressivamente conseguido quebrar essa barreira, apesar de sentir ainda emocionalmente um distanciamento que os anos longe propiciaram.
Ou seja, ele não mudou nada e talvez nunca mude, mas, eu busquei, em Deus, não estar mais carregando aquele fardo, já que ninguém muda ninguém. É uma postura que é dada a todos nós em nossas vidas de querermos entregar nossas dores e tristezas a Deus, confiando que ele pode mudar situações.
Concluindo, tenho que uma das maiores razões porque não dispomos de tempo hoje para as pessoas, de ouvi-las é que achamos muitas vezes que isso só vale a pena quando elas podem de alguma forma trazer algum retorno, pois “tempo é dinheiro”.
Por isso, fiquei muito sensibilizado essa semana, vendo o vídeo do professor do Tennessee, que estava acometido de câncer terminal, e seus alunos foram ali no jardim vieram cantar para ele, em coro, uma linda música cristã (Holy Spirit You Are Welcome). Ali, estavam apenas para se doar, sem esperar nada em volta, e tenho certeza que todos saíram extremamente abençoados, ainda que sem ganhos econômicos. Isso porque, Deus estava ali e quando Ele é o nosso foco, tudo o mais se torna secundário, ou ganha outra significação.
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fonte: https://artigos.gospelprime.com.br/voce-e-dominado-pelo-dinheiro/

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