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Celeiro de mensagem
Os Batistas são povo celebrador. Celebram várias datas, funções executadas pelos líderes, responsabilidades eclesiásticas, como missões, evangelismo, aniversário de igrejas. Estamos sempre celebrando. Leio nos nossos veículos informativos as abordagens sobre as funções pastorais. Uma delas, que mais me chama a atenção, é o ministério da pregação.
Hoje, sem a responsabilidade da titularidade pastoral, posso escolher ovelhas. Não sei se é fraqueza ou virtude, mas escolho as mais dóceis. Lembro-me que, no retiro espiritual da Igreja Batista Paulistana, resolvi ver de perto uma ovelha pastando em um gramado. Aproximei-me falando coisas dóceis. Ela fitou-me longamente. De repente, avançou sobre mim, deu-me uma cabeçada na barriga e jogou-me de costas. Minha esposa, vendo-me de longe, deu gostosas gargalhadas. Cheguei-me a ela e falei: ovelhas são todas iguais. Um celeiro inspirativo para mensagens, além das datas que celebramos, é extraído do tipo de igreja que temos diante de nós. A igreja é fraca em contribuições financeiras? Malaquias 3.10 nelas. É cheia de contendas? Aí vai Coríntios. Disse Coríntios, não Corinthians. Há sinais de descontentamento com o ministério pastoral? Lá vai o capítulo 13 de Hebreus. Mas, e agora? Agora que vem a surpresa.
Sem um celeiro inspirativo diante de mim, eu mesmo virei o celeiro inspirativo. Em vez de partir do desafio oferecido pelo rebanho, vou ao texto por causa da minha interioridade. Minhas tentações, meus sentimentos, minhas mágoas (hoje são raras por ter a obrigatoriedade do aconselhamento obrigatório), minhas decepções, frustrações do passado que poderia evitar, tornaram minhas pregações dirigidas, primeiro a mim mesmo, e depois aos ouvintes. Sei que não terei mais chances de ter um rebanho sobre minha responsabilidade, mas, quanto me arrependo de, no passado, não fazer o que faço hoje.
Meu celeiro é a Bíblia, depois meu coração, minhas falhas, meu sonho de, cada vez mais, assemelhar-se a Jesus. Salmos diz: “Pois eu mesmo reconheço minhas transgressões, e o meu pecado, sempre me persegue” (Sl 51.3). As bem-aventuranças de Mateus 5 tornaram-se a escadinha que busco escalar, para parecer-me, cada vez mais, com Jesus. Por isso, lhes digo: Sou um velho que ainda sonha.
Manoel de Jesus The
Colaborador de OJB
fonte: http://www.batistas.com/index.php?option=com_content&view=category&layout=blog&id=28&Itemid=33
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