Ucrânia: a igreja que sofre e cresce
5 de outubro de 2015
No começo do próximo ano, se completarão dois anos do dia em que a Rússia anexou a Crimeia. Já faz também mais ou menos esse mesmo tempo que os conflitos no leste da Ucrânia começaram. E a igreja de Cristo nessa região também tem sofrido as consequências do conflito armado. A exemplo de outras, uma igreja no estado de Lugansk foi bombardeada, e seus membros “foram dispersos pelas terras” da Ucrânia, segundo relata Lyubomyr Matveyev, missionário especial da JMM no Leste Europeu.
Ele conta que um missionário da terra exercia um belo ministério em uma pequena
cidade na fronteira com a Rússia. Ali, o missionário ucraniano tinha plantado uma igreja e começado um ministério nas penitenciárias. Também funcionavam dois centros de reabilitação de dependentes químicos.
“Mas a guerra impediu que isso continuasse. A igreja foi ‘perseguida’ pelos invasores, sofreu bombardeios e correu grande risco de um dia morrer sob os edifícios caídos, da igreja ou das residências. O missionário reuniu a liderança, e juntos tomaram a decisão de ‘fugir’, de deixar as casas, propriedades, bens materiais. Tudo, menos a fé em Jesus”, descreve Lyubomyr.
O missionário da JMM conta que 80% dos membros daquela igreja, ou cerca de 50 pessoas sem contar os filhos, “foram dispersos pelas terras” da Ucrânia. Irmãos de outros estados ucranianos ajudaram os crentes de Lugansk, que foram obrigados a buscar refúgio correndo da guerra.
“Por sua vez, a referida igreja não parou nem um dia sequer: continuaram a cultuar a Deus ao ar livre tanto no estado onde estou quanto lá em Lugansk, debaixo das árvores, na floresta, na beira dos rios. Continuaram a ajudar os que permaneceram lá e não tiveram a possibilidade de fugir juntamente com a maioria”, diz o Pr. Lyubomyr.
“Essa ajuda dos próprios irmãos aos que ficaram em Lugansk é na forma de
produtos alimentícios para eles e para mais de 200 pessoas necessitadas, a quem oferecem assistência pastoral e um exemplar do Novo Testamento em cada cesta básica entregue. Eles continuaram a desenvolver o trabalho com dependentes químicos e nas penitenciárias. Começaram um novo ponto de pregação em um bairro do estado de Harkiv onde não há nenhuma igreja evangélica, não pararam de batizar novas pessoas tanto aqui quanto em Lugansk. Continuaram a crescer em número, pois sempre há novos decididos, e na fé. Agora, o missionário da terra de Lugansk pastoreia duas igrejas: a que ficou lá, visitando-a periodicamente e que cresceu para 70 pessoas, e a que cresceu em Harkiv”, destaca Lyubomyr.
Esta é a história de uma igreja na Ucrânia que se parece com a de várias outras,
segundo Lyubomyr, e que foi “perseguida e dispersa”, mas “eficaz e frutífera independentemente do local, templo, governo, língua, cultura”.
“Em qualquer outra cidade do nosso país, tem muitas pessoas não crentes que estão esperando que as igrejas saiam ao seu encontro. Muitas vezes, Deus usa um método antigo e doloroso, porém eficaz, o mesmo que foi usado para com a igreja de Jerusalém: perseguição e dispersão’”, destaca Lyubomyr.
“Continue orando pelo leste da Ucrânia, pelas igrejas que tiveram que fugir da guerra e pelos que ficaram. Ore pela fé dos crentes e motivação para evangelizar sem se importar com a geografia. Interceda pelo missionário da terra, seu sustento e coragem para o enorme ministério que ele tem realizado”, conclui Lyubomyr.
por Willy Rangel
fonte: http://missoesmundiais.com.br/noticias/ucrania-a-igreja-que-sofre-e-cresce/
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