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quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Senado deve barrar “pautas conservadoras”

Senado deve barrar “pautas conservadoras”

Vitórias da bancada evangélica na Câmara devem ser barradas em breve
por Jarbas Aragão

Senado deve barrar “pautas conservadoras”Senado deve barrar "pautas conservadoras"
Algumas das chamadas “pautas conservadoras” que a bancada evangélica conseguiu fazer avançar na Câmara, ao longo deste ano, devem ser barradas no Senado. Contribuem para isso os entraves do sistema bicameral do país e a grande influência do executivo na Casa, presidida por Renan Calheiros (PMDB/AL), aliado de Dilma.
De fato, no início do ano foi criada a “Frente Progressista Suprapartidária”, que reúne PT, PMDB, PSB, PCdoB, PPS, PDT e PSOL. Já fazem parte dela cerca de 30 dos 81 senadores do país. Curiosamente, um dos seus líderes é Lindbergh Farias (PT-RJ) que na eleição para governador no ano passado aproximou-se dos evangélicos, mas acabou se desentendo com várias lideranças por causa das propostas que defende.
Enquanto o país assiste a enxurrada de denúncias sobre o governo que ora ocupa o poder, vários outros assuntos não recebem destaque da mídia. No momento, senadores tanto da base quanto da oposição, acreditam que devem cair em breve propostas como a redução da maioridade penal, modificações no Estatuto do Desarmamento, o Estatuto da Família e a lei que cria dificuldades para o aborto em casos de estupro. Todas precisam passar pelo Senado para virarem lei.
O senador Ronaldo Caiado (DEM/GO) acredita que “diante da crise tão grave como o que vivemos, com temas tão graves para serem decididos, esse tipo de matéria nem vai entrar na pauta aqui no Senado”.
O líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT/MS) é enfático: “A pauta conservadora, que significa um retrocesso brutal do ponto de vista social, uma verdadeira marcha a ré em conquistas conseguidas a duras penas. Aqui não existem bancadas estratificadas como na Câmara”. Uma alusão clara aos representantes evangélicos da Câmara.
O vice-presidente do Senado, Jorge Viana (PT-AC), faz coro: “Todos nós nos surpreendemos de novo com a Câmara trazendo atraso para a sociedade, aprovando matérias que estimulam o preconceito e empurram o Brasil para o século XIX”.
A única voz dissonante parece ser a do senador Magno Malta (PR-ES) que promete lutar pelas pautas ridicularizadas pelos defensores do governo Dilma. “Entendo que o plenário vai manter o Estatuto da Família nos moldes de Deus, macho e fêmea, homem e mulher. Pode até ter ajuntamento e cooperação de pessoas, mas não podemos sair da exceção para a regra”, provoca. Com informações de O Globo

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