Evangélicos discursam a favor do impeachment: “Nas mãos de Deus”
por Jarbas Aragão
O portal Gospel Prime está em Brasília para fazer uma cobertura da votação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. A redação procurou diversos deputados evangélicos, tanto os favoráveis quanto os contrários ao impedimento. Nenhum dos deputados ligados ao governo quis falar diante das câmaras.
Com acesso garantido ao parlatório na madrugada deste sábado (16), foi possível conversar com os parlamentares que ainda estavam presentes à sessão. O deputado Sóstenes Cavalcante (DEM/RJ) que discursou por volta da 1h30 da manhã, ressaltou que esse é um momento histórico para o país e que é importante o envolvimento dos cristãos em momentos de oração pelo Brasil.
Já o deputado Ezequiel Teixeira (PTN/RJ), acredita que o povo evangélico nunca se envolveu tanto na política quanto agora. Ao falar sobre o momento que o país vive, lembrou as célebres palavras do pastor e ativista político Martin Luther King Jr.: “Não somos ainda o que gostaríamos de ser, mas é certo que nunca mais seremos como éramos”.
Victório Galli (PSC/MT) que também discursou nesta madrugada, defende que “O Brasil não será mais o mesmo” após este domingo. Para ele, a tentativa de implementação de uma mentalidade marxista, apelidada na América Latina de “bolivarianismo” foi impedida por causa das orações dos cristãos em favor do país.
Após falar no plenário, a deputada Shérida (PSDB/RR) explicou que vê em todo esse processo a mão de Deus. Lembrou o ensinamento bíblico que tudo que acontece no mundo ocorre com a permissão divina. Para ela, a nação vê “um novo tempo chegando” e que “o melhor ainda está por vir”.
Enquanto aguardava sua vez para discursar, o deputado Fernando Francischini (SDD/PR) explicou que, como cristão, ora pelas autoridades, mas que é necessária uma mudança, pois “o povo geme nas ruas”. Delegado da polícia federal licenciado, sua conclusão é que ultimamente além de orar, precisa cumprir a lei e essas autoridades “estão precisando mesmo é de cadeia”.
O trabalho dos parlamentares prossegue em sessões contínuas até domingo, quando será feita a votação final do impedimento, conforme previsto na Constituição. Se for aprovada, a questão segue para o Senado, onde deve ser analisado durante as próximas semanas.
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