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terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Artigo: O Orgulho Religioso.

O Orgulho Religioso

Por Claudio Santos

O Orgulho ReligiosoO Orgulho Religioso
No tempo do rei Acabe havia uma tal “sacerdotisa” de um reino espiritual que não era o reino de Deus, de quem até seu próprio marido, o Rei Acabe, o fizera escravo de seus desejos malditos, satisfazendo “vontade” que não era a vontade de Deus.
Por motivos absolutamente egoístas e cruéis, essa “Rainha” da maldade, durante muito tempo, de forma sorrateira e impiedosa, acabava com o ministério e a vida de todos os profetas do reino de Deus. Tudo isso, em favor exclusivo de seu miserável orgulho, o orgulho religioso. Ela desejava “bloquear” a ação de Deus através dos profetas. Algo muito semelhante ao que praticavam os fariseus do tempo de Jesus.
O nome desta profetiza era Jezabel, o mesmo espírito malígno que atuava na vida dos fariseus, que por conta de seus orgulhos religiosos, crucificaram a Cristo, difamavam, depreciavam e assediavam os apóstolos, julgados por eles como homens imperfeitos para Deus e para o mundo. Mas, nem por isso o evangelho deixou de ser pregado.
Muitos descendentes dessa nobreza não espiritualmente divina, ainda derramam sangue precioso no chão de países considerados de extrema intolerância cristã, no mundo oriental chamado de oriente médio, onde os apóstolos da Bíblia diversas vezes escaparam da morte…
Pois bem, os orgulhosos têm a tendência e a carência de sobressair sobre os demais! São capazes de qualquer coisa para “impor” as suas próprias regras ou interesses individuais, ou “defender” os seus orgulhos religiosos, que são fúteis e sem importância do ponto de vista de Jesus.
Era, exatamente, assim, neste “estilo de vida” que viviam os fariseus e escribas do tempo de Jesus na terra. Um comportamento religioso que insiste em permanecer na igreja do século 21.
Suas mentes e seus dedos nas mídias sociais estão programados para matar moralmente e espiritualmente todos aqueles cristãos que não compartilham de seus modelos de ódio e fúria intensas que depreciem os profetas chamados por Deus para cumprir a verdadeira missão do reino de Deus.
No mundo virtual muitos destes ‘profetas’ e ‘profetizas’ do reino de Jezabel, implacavelmente atacam as suas vítimas, degolando-as moralmente através de seus teclados para garantirem a honra de seus orgulhos religiosos.
Que força os impulsiona a praticarem tantas crueldades e tentativas de homicídios ministeriais? De onde viriam tanta fúria e tanto ódio por causa da pregação do evangelho?
Em busca de algumas respostas, hoje vamos dissertar um pouco mais sobre o orgulho, o orgulho religioso. Uma marca implacável e avassaladora, sobretudo na era digital, na qual alguns “cristãos”, correm para as mídias de massa ou redes sociais, no afã de defenderem com unhas e dentes a sua própria marca registrada, o orgulho religioso.
É uma leitura para cristãos fortes, humildes e maduros na fé!
Desejo uma boa leitura!
…..
A marca do povo judeu na história bíblica foi marcada por nuances de desobediência e rebeldia certamente por causa do grande envolvimento que eles tiverem com seus assediadores, aqueles impérios que ora exilava-os, oram misturava-os com outros povos e nações pagãs.
Antes de Jesus e dos apóstolos, o Profeta Isaías registra momentos de afastamento da fé e a superficialidade espiritual daquele povo:
“Porque o Senhor disse: Pois que este povo se aproxima de mim, e com a sua boca, e com os seus lábios me honra, mas o seu coração se afasta para longe de mim e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, em que foi instruído” (Isaías 29:13).
No tempo de Jesus, os religiosos de sua época, os fariseus, criaram um sistema único de servir a Deus, o qual se baseava em “autopromoção” e no “orgulho”. A altivez destes religiosos não o deixavam enxergar nem o próprio Messias Encarnado diante de seus olhos.
Não é a toa que estes religiosos foram várias vezes repreendidos por Jesus e exortado pelos apóstolos, principalmente por Pedro e Paulo. Deram muito trabalho para a igreja de Atos. Difícil era romper com o legalismo e com devoção exagerada de rituais que de nada valiam. Apesar dessa luta, o evangelho venceu milênios e chegou até nós, através dos Judeus. Contudo, infelizmente, a religião (o joio, a hipocrisia) caminhou junto e está entre nós até hoje também.
“A igreja pós-moderna desenvolveu o seu próprio modelo de hipocrisia. Embora nossas igrejas não tenham líderes desfilando com ‘filactérios’ ou ‘alargando as franjas das suas vestes’, criamos nosso próprio ramo de farisaísmo” (Steve Gallagher).
O orgulho religioso está tão presente hoje quanto há milhares de anos atrás.
Jesus era homem muito humilde, nem por isso deixou de repreender com severidade e reprovar com firmeza os líderes religiosos de seu tempo. Por isso devemos desmistificar a humildade. Jesus era humilde, não néscio. Nem por isso pecou. Vejamos o que ele disse sobre o orgulho religioso:
“Mas ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que fechais aos homens o reino dos céus; e nem vós entrais nem deixais entrar aos que estão entrando” (Mt. 23:13).
E, mais:
“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que devorais as casas das viúvas, sob pretexto de prolongadas orações; por isso sofrereis mais rigoroso juízo.
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que percorreis o mar e a terra para fazer um prosélito; e, depois de o terdes feito, o fazeis filho do inferno duas vezes mais do que vós.
Ai de vós, condutores cegos! pois que dizeis: Qualquer que jurar pelo templo, isso nada é; mas o que jurar pelo ouro do templo, esse é devedor.
Insensatos e cegos! Pois qual é maior: o ouro, ou o templo, que santifica o ouro?
E aquele que jurar pelo altar isso nada é; mas aquele que jurar pela oferta que está sobre o altar, esse é devedor.
Insensatos e cegos! Pois qual é maior: a oferta, ou o altar, que santifica a oferta?
Portanto, o que jurar pelo altar, jura por ele e por tudo o que sobre ele está;
E, o que jurar pelo templo, jura por ele e por aquele que nele habita;
E, o que jurar pelo céu, jura pelo trono de Deus e por aquele que está assentado nele.
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer estas coisas, e não omitir aquelas.
Condutores cegos! que coais um mosquito e engulis um camelo.
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que limpais o exterior do copo e do prato, mas o interior está cheio de rapina e de iniqüidade.
Fariseu cego! limpa primeiro o interior do copo e do prato, para que também o exterior fique limpo.
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda a imundícia.
Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas interiormente estais cheios de hipocrisia e de iniqüidade.
(…) Serpentes, raça de víboras! como escapareis da condenação do inferno?”
(Assinado: JESUS)
* hipócrita, do grego, que significa representação teatral.
Alguns aspectos nocivos do orgulho religioso
O orgulho religioso é instrumento de alta periculosidade. Por isso Jesus agiu com firmeza no combate a este mal. Segundo Gallagher, ao menos quatro aspectos deste orgulho representam o perigo para a verdadeira igreja de Cristo. São eles:
1. O orgulho religioso substitui a vida com Deus por uma falsa espiritualidade;
2. O orgulho religioso impede a pessoa de detectar a necessidade de mudança e o arrependimento;
3. O orgulho religioso estimula o temor ao homem e não o temor a Deus;
4. O orgulho religioso privilegia a recompensa imediata, em detrimento das recompensas eternas.
Gostaria de acrescentar o quinto aspecto:
5. O orgulho religioso é o maior vetor de contendas e mortes ministeriais em nossas igrejas e um dos maiores vetores de mortes físicas e de violência extremista no mundo do século 21.
Não se engane mais. Não pense que o pecado do orgulho (avareza, autopiedade, inveja e cobiça) é algo que será ignorado por Deus!
Ênfase em coisas secundárias validam o orgulho religioso
Um outro aspecto combatido por Jesus foi a ênfase em coisas sem valor para o reino de Deus. Por exemplo, os fariseus não se preocupavam com os outros, ignorando o primeiro e grande mandamento de Deus, que é “amar a Deus e ao próximo”, pois eles se preocupavam apenas consigo mesmos, e com suas reputações (status quor) aquilo que os outros pensariam deles e de suas posições sociais e religiosas (qualquer semelhança com este século será mera coincidência).
Para disfarçarem o orgulho de suas religiosidades e de sua incapacidades de amar e demonstrarem compaixão, os fariseus inventavam coisas secundárias para fazerem, infelizmente, um engodo cego e hostil. Eles trocaram a verdadeira adoração por coisas irrelevantes. A quem um religioso deseja enganar?
O humilde, mas firme ‘profeta’, o próprio Jesus, o Filho de Deus, os repreendia:
“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer estas coisas, e não omitir aquelas” (Mt. 23:23).
Para Charles Spurgeon, importante pregador britânico da igreja batista reformada do século 19, a igreja é sempre bem erguida quando a mesma é formada por homens de coração quebrantado, que tenham profundas experiências com Deus, que tenham consciência do significado do pecado, possuam senso de incapacidade e indignidade para realizar feitos sem a presença de Cristo. Ele escreveu assim:“Aquele que nunca esteve em cativeiro, que nunca esteve no abismo, que nunca sentiu ausência de Deus, como poderão confortar aqueles que estão perdidos e presos nas cadeias do desespero?”. (nota: Spurgeon era cristão experiente. Se converteu aos 15 anos de idade, e aos 17 anos de idade foi a sua primeira experiência como pastor
O reino de Deus é serviço aos outros.
Essa é a maior expressão de nossa fé. Deve ser algo diário. Deve-se tirar um tempo para esta dedicação. Não importa se será na igreja ou em outros âmbitos da sociedade, a ênfase do ensino de Jesus foi servir! Foi exatamente isso o que Ele valorizou: o serviço do reino de Deus através do amore da compaixão. O mundo não precisa de dons em excesso, nem de doutrinas em excesso, mas o mundo precisa de amor em excesso (Paulo em I Cor. 13).
Muita gente perdendo tempo com discussões tolas e orgulhosas, que não tem importância, e, que só derramam a semente da confusão na terra.
Jesus combateu estes falsos profetas veementemente. A semente que a igreja deve lançar de verdade, é a semente da paz e da salvação. Batalhar freneticamente por pontos insignificantes não vale a pena! É tolice e perda de tempo e de saúde.
Não há problema discordar de um ponto de vista, nem ouvir outra opinião. O problema é, que, sabendo da verdade, deva-se perder tanto tempo defendendo temas de um orgulho político ou religioso. A igreja madura segue a Cristo com unidade, paz e justiça, mas a igreja imatura segue o mundo com inimizade, concorrência e orgulho religioso.
Eis os pontos mais importantes do evangelho, ainda segundo Galagher:
– Jesus é um dos membros da Trindade Divina; (I João 10:30);
– Foi Deus encarnado; (I Tim. 3:16);
– Nasceu de uma virgem (Maria);
– Morreu e ressuscitou ao terceiro dia; (Mt. 27:64);
– Ele vai voltar (João 14:3).
Conclusão
Os apóstolos da Bíblia eram assediados e intimidados pelos fariseus e escribas porque a pregação da Cultura de CRISTO confrontava diretamente, o orgulho, a altivez, o exclusivismo e poder político daquele sistema religioso que eles haviam criado para si. Mas, os apóstolos não se intimidaram e levaram adiante a verdade por conta de suas CONVICÇÕES que surgiam da FÉ de cada um deles!! Por isso Jesus não chamou 12 doutores da Lei. Ele chamou 12 homens humildes e sedentos do Reino de Deus!
Os apóstolos foram homens imperfeitos, também foram perseguidos por religiosos e reis. Além disso, foram considerados lunáticos, esquizofrênicos, loucos e tudo mais, visto que eles combatiam a religião e o paganismo!… Contudo, nem por isso, eles deixaram de cumprir a sua missão, que era anunciar as Boas Novas!! E, VC que está esperando ainda para cumprir a missão que JESUS te outorgou pelo ato de Cruz??? Perdendo tempo com coisas “secundárias”?
O orgulho religioso corroeu o pensamento do povo judeu até os tempos de Jesus porque os fariseus concentravam os seus tolos esforços em uma falsa aparência de humildade, o que representava apenas um poder político ou uma religião. Eles não se importavam com Deus, nem com o próximo. Isso atrapalhava o verdadeiro relacionamento do povo de Deus com o Deus verdadeiro, e também, atrasava o plano de Deus que é a restauração de seus reino na terra.
Mas, o plano especial de Deus é salvar a terra da perdição. Os fariseus, porém, estavam perdidos dentro da religião. Assim, criavam leis secundárias que os destacassem dos demais. Daí, com esta atitude de arrogância, bloqueavam o reino dos céus aos interessados no reino. Então, nem entravam no céu, nem deixavam que os outros entrassem no céu. Por isso, Jesus chamou aqueles escribas e fariseus de hipócritas.
Reflexão
Pode um Deus Santo se relacionar com hipócritas? (um belo tema para o próximo estudo bíblico)…
Até a próxima irmãos.
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fonte: https://estudos.gospelprime.com.br/o-orgulho-religioso/

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